Sp. Covilhã já tem treinador
Fanã orienta Leões da Serra

Fernando Pires, ou melhor, Fanã, é o novo timoneiro dos “Leões da Serra”. O técnico algarvio mostra-se confiante numa boa época e acredita que, “apesar das dificuldades, a equipa vai lutar sempre pelos lugares cimeiros”.

Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi


João Cavaleiro, que deixou o comando técnico do Sporting da Covilhã no último mês, já tem substituto. Fernando Pires, mais conhecido pela alcunha “Fanã”, vai ser o treinador dos “Leões da Serra” durante a próxima temporada. O técnico algarvio assinou por um ano, com mais um de opção, e já começou a preparar a equipa que vai disputar, a partir de Agosto, a Zona Centro da II Divisão B. O treinador, que na época passada orientou o Louletano, também na II B, foi apresentado na última quarta-feira, 9.
“É um desafio aliciante”, começa por dizer Fanã que, apesar de ter estado 11 anos no Sporting Farense, numa das melhores fases do clube, nunca foi além da condição de treinador adjunto. Enquanto treinador principal, quase sempre ao serviço de emblemas algarvios – a excepção foi a Ovarense, na II Liga, na temporada 2001-2002 – o Sporting da Covilhã é o mais prestigiado e histórico clube que treina. O técnico sabe disso. E por essa razão, embora reconheça as dificuldades, coloca alta a fasquia. “Estou convencido que, no aspecto logístico, temos condições para fazer um bom trabalho e constituir uma equipa à altura dos pergaminhos do clube”, atira. Quando confrontado com as declarações de João Petrucci, que afirmara que o objectivo para a próxima época era conseguir “a melhor classificação possível”, Fanã é pragmático: “A melhor classificação possível é o primeiro lugar”.
Os problemas directivos que afligem o emblema mais popular da Serra da Estrela também são conhecidos do algarvio. Fanã está por dentro das dificuldades e não se mostra preocupado pelo facto de o clube estar a ser “comandado” por uma Comissão de Gestão até que se procedam a novas eleições. “Acredito nas pessoas que aqui estão”, afirma, “ e acredito que com um grupo coeso podemos suplantar qualquer obstáculo”.

Plantel com 22 jogadores

A primeira missão do novo líder da equipa técnica será a de reconstruir uma equipa praticamente do zero. É que, apenas seis jogadores transitam da época passada – a saber, o veterano Piguita e os jovens Tarantini, Real, Cordeiro, Viola e Nuno Coelho. Até agora, foram assegurados apenas mais três reforços: Óscar Menino (ex-ADE e ex-Benfica), Cláudio (ex-Unhais da Serra) e Luís Pedro (ex-Teixosense). Em negociações continuam Trindade e Rui Morais.
Fanã já tem uma ideia do plantel e quer uma equipa de 22 jogadores com cinco ou seis elementos bastante jovens. “Um misto de experiência com a irreverência da juventude” explica. Com um orçamento que se prevê diminuto, a contratação um nome sonante estará fora de questão. Já a hipótese de o próprio treinador trazer consigo um jogador não está posta de lado. Fanã reconhece que isso pode vir a acontecer, mas não identifica o atleta antes de falar com ele. A solução para reforçar o plantel parece passar, então, pelo uso da “prata da casa” e pelo recrutamento de atletas em clubes da região. Opção que, na perspectiva do treinador “trás muitas vantagens, uma vez que os jogadores da terra sentem mais o clube”.
No que toca aos aspectos relacionados com as infra-estruturas disponíveis, Fanã mostra-se satisfeito. “Não será por aí que falharemos”, refere enquanto elogia as condições do Complexo Desportivo da Covilhã e o Municipal Santos Pinto. “Só espero”, conclui, “é que estejamos à altura das infra-estruturas”.


 


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