Teatro
Aquilo reelege Victor Amaral
|
NC / Urbi et
Orbi
|
|
Victor Amaral foi, no passado dia 12, reeleito presidente
do Aquilo Teatro, da Guarda. Pela primeira vez na história
deste grupo amador que nasceu há 22 anos, surgiram
duas listas concorrentes, tendo sido notórias as
divergências entre ambas. Victor Amaral venceu por
escassos dois votos em relação à
lista opositora, liderada por César Prata, que
era constituída, na sua maioria, por ex-presidentes
do grupo, nomeadamente Américo Rodrigues, Armando
Neves e António Godinho, que entenderam unir-se
para "salvar o espírito do Aquilo e impedir
a perda da sua identidade". Na lista surgia ainda
Carlos Baía, um histórico do grupo.
Com Victor Amaral alinharam Rita Azevedo (vice-presidente),
João Louro (tesoureiro) e Susana Almeida (secretária).
Anabela Dinis fica à frente da Assembleia Geral
e Paulo Miragaia preside ao Conselho Fiscal. O reeleito
presidente disse no final da votação que
já esperava que o resultado fosse renhido, até
porque havia duas listas". Sobre o futuro, nada quis
adiantar, remetendo para mais tarde a divulgação
dos objectivos dos novos dirigentes. A tomada de posse
está agendada para o próximo dia 23. A eleição
dos novos dirigentes do Aquilo esteve agendada para 21
de Abril, mas Victor Amaral não conseguiu formar
uma lista, a tempo de ser sufragada. César Prata,
que era até então o vice-presidente, ter-se-á
mostrado indisponível para continuar, o mesmo acontecendo
com Armando Neves. Dois meses depois, ambos integraram
a lista opositora. Um na liderança e o outro como
tesoureiro.
Alguns cooperantes lamentam que o Aquilo Teatro tenha,
ao fim de 22 anos de vida, dado sinais de divisão
ao ponto de alguns ex-dirigentes terem sentido a necessidade
de se unir para impedir que o grupo, que marcou desde
o seu início o panorama cultural do concelho e
do distrito, "continue a descaracterizar-se".
Isto numa altura em que a Guarda vai finalmente ter uma
sala de espectáculos capaz de dar um novo alento
ao nível dos grandes espectáculos, mesmo
na área do teatro. Durante os últimos anos,
os êxitos que o grupo vinha somando fizeram mesmo
com que os mais recentes ex-presidentes definissem como
um dos grandes objectivos o caminho da profissionalização.
Um desafio que, alguns cooperantes descontentes entendem
ser cada vez mais difícil de alcançar
|