Nuno Costa tomou posse
como o líder da “Casa Azul”, juntamente
com os restantes elementos eleitos para os órgãos
sociais da AAUBI, na passada quarta feira, 9. O dirigente
estudantil encarou os tempos que se avizinham como “árduos
e difíceis”, estabelecendo como prioridade
a estabilização financeira da Associação
Académica.
O novo presidente da AAUBI aproveitou também a presença
da comunicação social na cerimónia
para fazer um apelo aos seus colegas estudantes da UBI:
“É preciso a presença de todos para
colocar o nosso Plano de Actividades em prática”.
Recorde-se que em ocasiões anteriores, Nuno Costa
já havia proposto “fazer reencontrar a Academia
e a cidade” e, para começar, organizar uma
Semana de Recepção ao Caloiro “digna
dos alunos da UBI”.
Em termos reivindicativos, aproveitando a presença
do Reitor da UBI, Santos Silva na tomada de posse, lançou
para a mesa “a insuficiência de espaços
físicos que sirvam convenientemente a comunidade
académica”, dando como exemplos “a não
construção da Faculdade de Letras, de uma
cantina que sirva os alunos do Pólo IV e a exiguidade
do espaço de atendimento dos Serviços Académicos”.
Nuno Costa também reafirmou a sua dedicação
à luta pela descida do valor da propina (700 euros)
praticada na UBI. “Eu entendo que o valor da propina,
uma vez que estamos no interior, deveria ser entendido como
um factor de discriminação positiva”,
argumenta.
Santos Silva aponta desafio aos estudantes
O responsável máximo pela instituição
de ensino mostrou simpatia com os representantes dos estudantes
da UBI. “Reitero o meu apoio a estes jovens que
agora tomam posse, numa altura em que cada vez é
mais difícil conciliar compromissos pessoais com
as actividades associativas, dispostos a sacrificar um
ano lectivo a favor da Academia”, afirmou Santos
Silva, lembrando que o seu trabalho “deve ser reconhecido
pelos colegas”.
No entender do Reitor, “a instituição
só se pode afirmar pela qualidade se isso se revelar
nos seus alunos, professores e funcionários”,
já que “estamos todos no mesmo barco”.
Por isso, Santos Silva apela aos estudantes que colaborem
no ”momento complexo em que se encontra o ensino
superior em Portugal graças à implementação
da Declaração de Bolonha”, cujo objectivo
é “colocar os jovens mais cedo no mercado
de trabalho, com 21 ou 22 anos”.
”Como é que vamos lá chegar?”,
pergunta retoricamente Santos Silva, atirando o exemplo
da licenciatura de Medicina da UBI, que, para ele, “está
para além de Bolonha” e apontando uma maior
capacidade de dedicação e horas de trabalho
do estudante médio como a solução
possível.
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