Castelo
Branco
Transporte clandestino "dá cabo" do negócio
aos taxistas
Reunidos em Castelo
Branco, os taxistas revelam preocupação
com a obrigatoriedade de fazer cursos de formação
e criticam a falta de fiscalização aos tranportadores
clandestinos, que prejudicam o seu negócio.
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José Manuel
Alves
NC / Urbi et Orbi
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Cerca de 200 taxistas estiveram presentes na semana passada,
nas instalações do Nercab, no 1º Encontro
Regional de Industriais de Taxi, promovido pela Auto-Jalbi.
Depois da abertura do espaço de exposição
de veículos taxis Mercedes Benz e das empresas
Solinloc, Shell, Filipoças, Spies Hecker e Protaxisó,
seguiu-se uma demonstração "rest drive"
dos veículos Mercedes, concluindo com uma reunião
de trabalho dos associados da Antral.
Florêncio Plácido de Almeida, presidente
da Antral considerou o Certificado de Aptidão Profissional,
como "um dos principais problemas do sector".
Tudo porque "a formação é inexistente
e não há motoristas, pelo que os veículos
terão de estar parados ou então circularem
de uma forma ilegal, sendo isto que tem acontecido ultimamente".
No sentido de colmatar esta problemática, a direcção
da Antral tem tentado junto do Poder Central "alterar
esta situação, que embora não tenha
sido fácil, estou convicto que o Governo ficará
sensibilizado com as propostas que temos feito" admite
o responsável da Antral, que adverte que se tal
não acontecer "entregaremos os CAP's nos respectivos
governos civis e na DGTT em Lisboa".
Bastante contundente, o líder da Antral, considera
que "o Governo tem que compreender que com o elevado
número de desempregados existentes no País,
o porquê de não se poder admitir um motorista
que tem carta de condução para poder conduzir
uma viatura ligeira, não possa conduzir um táxi.
Entendemos que esses cursos de actualização
são uma aberração e um saque ao dinheiro".
Por outro lado, o transporte de passageiros clandestino
"é uma praga nacional", em que "há
zonas mais problemáticas que outras", reconhecendo
que "a fiscalização tem uma certa dificuldade
em fiscalizar esse tipo de
transporte, dado a legislação ser muita
vaga, para além do erro na aplicação
das coimas, em que quando um indíviduo é
confrontado com um transporte clandestino, a coima aplicada
é de 625 euros, enquanto que um industrial se tiver
um motorista a trabalhar sem o Cap, paga uma coima de
1250 euros".
Segundo Plácido Almeida "há muitos
industriais no Interior, que não têm motoristas
qualificados, encostam os táxis dentro da garagem
e circulam com um carro particular, porque ninguém
os manda parar, nem pagam impostos e por conseguinte tem
a vida mais facilitada". Joaquim Prior, delegado
da Antral no distrito de Castelo Branco, considera
que "o principal problema que mais afecta a classe
dos taxistas é a falta de trabalho", não
esquecendo que "ainda estamos a sofrer com o problema
do transporte clandestino".
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