”Temos de perceber
que projecto temos, com quem podemos colaborar e até
onde podemos chegar; depois, há que definir qual
o nosso objectivo e qual a missão de devemos desempenhar,
identificando as ferramentas a utilizar. Em seguida, temos
de avançar com o contacto directo às empresas,
mostrado-lhes as nossas potencialidades”. Foi desta
forma que Pedro Farromba sintetizou o trabalho em desenvolvimento
pelo Parkurbis, na passada quinta feira, 26.
Numa apresentação marcada pelo tom informal,
o director executivo, indicou as suas ideias-chave aos poucos
alunos da UBI presentes. Oportunidade, desenvolvimento,
conhecimento, investigação, inovação
e dinamismo são os ingredientes a ter em conta para
o sucesso de todos os que queiram tentar a sua sorte junto
deste projecto.
A finalidade do Parkurbis é apoiar projectos de investigação
na UBI, servir de interface entre a instituição
de ensino superior e o tecido empresarial, “de forma
a fixar quadros altamente qualificados na região”,
explicitou o director executivo.
Indicada no Programa de Recuperação de Áreas
e Sectores Deprimidos (PRASD) com uma das principais iniciativas
a concretizar com vista ao desenvolvimento do interior,
Pedro Farromba salienta que “é a primeira vez
que se está a fazer algo do género fora do
litoral do País”. No entanto, o director executivo
fez questão de “colocar os pés na terra”
e lançar a noção de que “o Parkurbis
vai ser importante, mas não pode ser transformado
no salvador da Beira Interior”.
Luís Carrilho Gonçalves, vice-reitor da UBI
e organizador da conferência lembrou os presentes
que “criar uma empresa após concluir a licenciatura
pode ser uma opção mais rentável do
que ir trabalhar por conta de outrém”. O vice-reitor
aconselhou os alunos da instituição que tenham
ideias para as apresentar na altura dos projectos de final
de curso. “Quem sabe se não poderão
ser desenvolvidos em parceria com o Parkurbis”, antevê.
Obras arrancam dentro de 15 dias
A sociedade que rege o Parkurbis teve início em
Setembro de 2001, mas só se está “a
trabalhar a sério desde há um mês
e meio”. As obras para a construção
da infra-estrutura devem arrancar em meados de Junho e
têm um período de duração de
12 meses. Entretanto, quem quiser criar a sua empresa
pode já fazê-lo no espaço provisório
do Parkurbis, um pavilhão da RUDE, junto às
estação de caminhos-de-ferro da Covilhã.
Pedro Farromba adiantou que “existe já um
projecto de criação de empresa que irá
arrancar em breve”. A instalação nesta
localização temporária será
gratuita até à transferência para
o edifício-sede. O director executivo disse ainda
que os preços de alugues a pagar pelas empresas
instaladas “não será muito elevado”.
Os pontas-de-lança do projecto foram a UBI e a
Câmara da Covilhã, tendo agora mais oito
accionistas, entre os quais o Instituto de Apoio às
Pequenas e Médias Empresas e PT Comunicações.
Pedro Farromba adiantou que existem mais três entidades
que revelaram interesse em se aliar ao Parkurbis: as câmara
do Fundão e Belmonte e a Associação
Nacional de Jovens Empresários. A sua inclusão
“está dependente de formalidades burocráticas”.
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