Pedro Farromba falou sobre o futuro do Parkurbis
Conferência “Inovação e Empreendorismo”
Perceber, definir e avançar

O director executivo da Sociedade Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkurbis) esteve na Universidade da Beira Interior (UBI) para dar a conhecer o projecto aos alunos da instituição.


Por Daniel Sousa e Silva


”Temos de perceber que projecto temos, com quem podemos colaborar e até onde podemos chegar; depois, há que definir qual o nosso objectivo e qual a missão de devemos desempenhar, identificando as ferramentas a utilizar. Em seguida, temos de avançar com o contacto directo às empresas, mostrado-lhes as nossas potencialidades”. Foi desta forma que Pedro Farromba sintetizou o trabalho em desenvolvimento pelo Parkurbis, na passada quinta feira, 26.
Numa apresentação marcada pelo tom informal, o director executivo, indicou as suas ideias-chave aos poucos alunos da UBI presentes. Oportunidade, desenvolvimento, conhecimento, investigação, inovação e dinamismo são os ingredientes a ter em conta para o sucesso de todos os que queiram tentar a sua sorte junto deste projecto.
A finalidade do Parkurbis é apoiar projectos de investigação na UBI, servir de interface entre a instituição de ensino superior e o tecido empresarial, “de forma a fixar quadros altamente qualificados na região”, explicitou o director executivo.
Indicada no Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos (PRASD) com uma das principais iniciativas a concretizar com vista ao desenvolvimento do interior, Pedro Farromba salienta que “é a primeira vez que se está a fazer algo do género fora do litoral do País”. No entanto, o director executivo fez questão de “colocar os pés na terra” e lançar a noção de que “o Parkurbis vai ser importante, mas não pode ser transformado no salvador da Beira Interior”.
Luís Carrilho Gonçalves, vice-reitor da UBI e organizador da conferência lembrou os presentes que “criar uma empresa após concluir a licenciatura pode ser uma opção mais rentável do que ir trabalhar por conta de outrém”. O vice-reitor aconselhou os alunos da instituição que tenham ideias para as apresentar na altura dos projectos de final de curso. “Quem sabe se não poderão ser desenvolvidos em parceria com o Parkurbis”, antevê.

Obras arrancam dentro de 15 dias

A sociedade que rege o Parkurbis teve início em Setembro de 2001, mas só se está “a trabalhar a sério desde há um mês e meio”. As obras para a construção da infra-estrutura devem arrancar em meados de Junho e têm um período de duração de 12 meses. Entretanto, quem quiser criar a sua empresa pode já fazê-lo no espaço provisório do Parkurbis, um pavilhão da RUDE, junto às estação de caminhos-de-ferro da Covilhã. Pedro Farromba adiantou que “existe já um projecto de criação de empresa que irá arrancar em breve”. A instalação nesta localização temporária será gratuita até à transferência para o edifício-sede. O director executivo disse ainda que os preços de alugues a pagar pelas empresas instaladas “não será muito elevado”.
Os pontas-de-lança do projecto foram a UBI e a Câmara da Covilhã, tendo agora mais oito accionistas, entre os quais o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e PT Comunicações. Pedro Farromba adiantou que existem mais três entidades que revelaram interesse em se aliar ao Parkurbis: as câmara do Fundão e Belmonte e a Associação Nacional de Jovens Empresários. A sua inclusão “está dependente de formalidades burocráticas”.