As I Jornadas de Neurociências
da Beira Interior foram organizadas com o intuito de apresentar
cientistas que se destacaram na investigação
das neurociências aos alunos de medicina e à
comunidade médica. È esta a explicação
da dada no sítio
electrónico de promoção da iniciativa
decorrida na passada quarta feira, 26. Mas a adesão
de alunos de outras licenciaturas levou o MedUBI a mudar
o local inicialmente previsto, o anfiteatro do Hospital
Pêro da Covilhã, com capacidade para 140
pessoas, para o Anfiteatro 1 da UBI.
Os alunos de Medicina aderiram em massa, mas também
estavam presentes estudantes de Psicologia, Bioquímica
e até de Enfermagem. Os mais de 200 inscritos levaram
a que Vítor Simões, presidentes do MedUBI,
estivesse “muito satisfeito”.
Uma das apresentações em destaque foi a
de Paula Coutinho, do Serviço de Neurologia do
Hospital de S. Sebastião, abordando o tema “Dez
anos em busca de doenças raras: o rastreio de ataxias
hereditárias em Portugal”. “Algo que
para nós, futuros médicos, tem bastante
interesse, já que as doenças genéticas
são uma característica portuguesa”,
esclarece Vítor Simões.
Luís Bigotte de Almeida, docente da UBI, falou
sobre “O neurónio e o transporte axonal suicida”
e “Neurobiologia da cor e do movimento” foi
o mote da dissertação de Miguel Castelo
Branco, da Faculdade Medicina da Universidade de Coimbra
são mais dois exemplos do que se falou nesse dia.
O trabalho de escolha dos oradores foi feita em colaboração
com os docentes da licenciatura em Medicina da UBI. “Tentamos
conseguir dos maiores nomes ao nível da investigação
nacional e, por isso, quem melhor para nos ajudar que
os próprios neurologistas”, diz o dirigente
de núcleo..
Este género de actividade extracurricular é,
no entender Vítor Simões, “essencial,
porque não se pode resumir a formação
aquilo que é aprendido nas aulas”. As experiências
trazidas pelos oradores são “um bom indicador
para a nossa futura vida profissional”, conclui.
Algo que o dirigente de núcleo também evidenciou
para a decisão de organizar as Jornadas foi a existência
de dois grandes vultos portugueses das neurociências.
Um do passado, Egas Moniz (vencedor do Prémio Nobel),
e outro do presente, o best-seller António Damásio.
Para o futuro, está já planeada a segunda
edição das Jornadas de Neurociências,
“se possível com um formato mais alargado”,
garante Vítor Simões.
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