[Ver
exemplos de fotos da exposição]
A exposição de fotografia patente na Sala
de Exposições Temporárias do Museu
dos Lanifícios da UBI desde a semana passada decorre
de um protocolo estabelecido entre o Museu dos Lanifícios
e o Instituto Português do Património Arquitectónico
(IPPAR), de forma a se fazer um levantamento do tecido
industrial da Covilhã.
“No âmbito do projecto TRANSLANA fez-se toda
a investigação, e este ano aprofundámo-la,
com o objectivo de se proceder à publicação
dos resultados à Câmara da Covilhã”,
conta Elisa Pinheiro, directora do Museu. Esta exposição
é uma espécie de antecipação
desses resultados. “De 114 fábricas já
inventariadas, seleccionamos 36 das mais importantes,
em função da sua importância histórica
ou do simples facto de existir ou não informação
gráfica de uma fase inicial dos edifícios
e do seu aspecto actual”, explicita.
A exposição funciona também como
“um teste à informação já
recolhida” pelo Museu. A directora adianta que “ainda
há alguns dados que faltam, mas quisemos torná-los
públicos como uma experiência”. O estudo
deverá estar concluído até ao final
do ano.
A escolha da integração da exposição
nas comemorações do Dia Internacional dos
Museus deveu-se ao mote deste ano (Museus e Património
Imaterial). “É a lembrança do trabalho
fabril, que se reporta a edifícios, mas também
a cenas de trabalho com pessoas e laboração”,
explica. Por isso, Elisa Pinheiro considera que o relembrar
de edifícios já desaparecidos ou reaproveitados
pode funcionar para a reflexão dos actuais covilhanenses.
A directora deu o exemplo do Pólos das Engenharias
da UBI “ainda referenciada por muita gente como
a Empresa Transformadora de Lãs”. “Sempre
que possível tentou-se colocar na exposição
o antes e depois dessas infra-estruturas”, conclui.
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