O Anfiteatro da Parada
abriu as portas no dia 18 de Maio para ouvir os testemunhos
de vida de empresários, técnicos e operários
têxteis covilhanenses.
A iniciativa, inserida nas comemorações
do Dia Internacional dos Museus, pretendeu contribuir
para a salvaguarda das memórias dos trabalhadores
fabris. Como mote para as actividades estava o tema "Museus
e Património Imaterial".
Nesse sentido, a Directora do Museu de Lanifícios,
Elisa Pinheiro, convidou "alguns amigos do Museu
para dar a conhecer uma indústria que foi o arranque
do desenvolvimento da Covilhã".
Os alunos do segundo e terceiro ciclo de algumas escolas
da região ouviram com atenção as
histórias de Manuel Mesquita Nunes, Luzia Mendes,
João dos Santos Pina e Campos Costa. Os testemunhos
de Luzia Mendes e João dos Santos Pina foram os
que mais captaram as atenções dos jovens.
Luzia Mendes contou histórias do seu tempo de urdideira
e de como começou a trabalhar com 14 anos. João
dos Santos Pina trabalhou como técnico a nível
de ultimação. Era um trabalho bastante duro
mas que lhe permitiu tirar uma lição, passada
neste dia aos mais jovens: "As facilidades não
conduzem a nada".
Inserido no programa de actividades esteve também
a apresentação pública da nova Página
Web do Museu de Lanifícios, a inauguração
da exposição de fotografias "Memórias
do Trabalho Fabril" e a mostra de peças artesanais
em madeira, criadas a partir de acessórios da indústria
de lanifícios.
Contente com o interesse dos jovens, a Directora Elisa
Pinheiro considerou que "foi cumprido o objectivo
de celebrar o património imaterial" porque
"mais importante do que as máquinas, são
os Homens e as suas memórias".
Ao longo do dia a entrada no Museu foi gratuita.
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