Fundão
"Feiras de Formação ajudam a combater
abandono escolar"
A segunda edição
da Feira de Formação Vocacional teve a presença
do ministro da Educação na passado dia 14.
David Justino sublinha que é preciso continuar
a organizar iniciativas desta natureza, pois elas ajudam
a combater o abandono escolar.
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Andreia Reis
NC / Urbi et Orbi
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O ministro da Educação, David Justino, visitou,
na última sexta-feira, 14, a segunda edição
da Feira de Formação Vocacional no Pavilhão
Multiusos do Fundão, que decorreu até sábado,
15.
Ao passar pelos cerca de 58 stands presentes, o ministro
pôde verificar que o objectivo daquele certame fora
cumprido: divulgar os cursos disponíveis nas várias
escolas do distrito a jovens alunos, mas também
à comunidade em geral. "Gostei bastante daquilo
que vi", diz, satisfeito. No seu entender, esta "é
uma iniciativa que deve ser repetida para poder ajudar
os alunos no sentido de os orientar para a vida activa",
mas também "os adultos para os motivar a voltar
à escola, a completar habilitações,
a certificar competências e a ter esperança
num futuro melhor", enaltece. David Justino afirma
também que "o abandono resulta muitas vezes
de má orientação e falta de informação
sobre as oportunidades que existem". Daí que
a Feira, na sua opinião, venha de certa forma,
"responder a essa necessidade que nós temos
de sensibilizar, informar e de acima de tudo capacitar
os jovens para fazerem as escolhas acertadas".
De facto, e durante três dias, todos os alunos puderam
tomar consciência das universidades, politécnicos,
escolas profissionais e outras instituições
relacionadas com a educação e formação
existentes no Distrito. O ministro não deixou de
evidenciar o papel dos pais na tomada de decisão
dos filhos. "Esta feira também deve ser dirigida
aos pais para que estes possam partilhar com os filhos
a responsabilidade de construir o futuro".
"Esforço enorme
das escolas"
No final da visita, o governante não quis ainda
deixar de valorizar o papel e o empenho de todos os estabelecimentos
de ensino. No entanto, frisa que também é
importante não só "ligar as escolas
às empresas", mas também "é
necessário que as escolas possam perder alguma
jactância e começarem a trabalhar e isso
eu sei que já está a ser feito", reconhece,
dando como exemplo a UBI, que já está a
trabalhar com a Escola Secundária Campos Melo (ESCM).
No que toca a apoios do Ministério para as escolas,
o ministro garante que aquilo que está a "tentar"
fazer é que o "tempo gasto com estes procedimentos
financeiros, possa ser encurtado e ultrapassado".
Pelo que, lamenta, "enquanto tivermos este modelo
de financiamento, dificilmente conseguiremos ter ganhos
mais significativos e isso é extremamente preocupante
porque descapitaliza as escolas e obriga-as a recorrer
a financiamento bancário com taxas de juro relativamente
elevadas". Admitindo estar de mão atadas perante
este modelo, o governante sublinha que no caso de haver
um outro Quadro Comunitário com outro regulamento
a partir de 2006, então nessa altura, assegura,
"já posso alterar as coisas e passo a financiar
à entrada em vez de andar a fazer análises
de facturas, que é uma coisa insuportável".
Ministério promete
"apoio inequívoco"
Quanto a futuros projectos para o Fundão, o ministro
da Educação declara que o concelho, para
além do "empenho, dedicação
e amizade do ministro", também pode contar
com "um apoio inequívoco ao trabalho execepcional
que está a ser feito ao nível do reordenamento
da rede escolar". Trabalho esse que, segundo o membro
do Governo, vai ter da parte do Ministério da Educação
a devida atenção no que toca ao financiamento,
"quer desse fenómeno da concentração,
quer no que diz respeito a novas instalações",
garante.
Sem avançar com grandes pormenores, David Justino
diz que sai do Fundão com "um grosso dossier
sobre o que está em causa". "Vamos estudá-lo
e vamos definir prioridades", conclui.
De acordo com o presidente fundanense, os principais projectos
passam pela requalificação do parque escolar
existente, incluindo a Escola Primária e nomeadamente
a criação de algumas escolas do pré-escolar
que "está a ser redimensionada para ter também
o ensino básico" e o pré-escolar da
Aldeia de Joanes, que "em princípio ficará
desbloqueado", diz. Para além disto, o projecto
da escola de ensino integrado artístico, segundo
Manuel Frexes, também foi abordado. "De um
modo geral tivemos uma bioa receptividade por parte do
Ministério", salienta o autarca.
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