Por
Catarina Rodrigues
Tróia
é a adaptação ao cinema da obra épica
de Homero “ Íliada”. Na Grécia
antiga, Páris, príncipe de Tróia
e Helena, rainha de Esparta vivem uma paixão que
acaba por provocar uma guerra devastadora entre os reinos
Gregos e de Tróia. Isto porque Helena é
casada com o rei Menelau, irmão de Agamenon, poderoso
rei de Micenas. Este último tentará controlar
Tróia para garantir a supremacia do seu império
A cidade encontra-se, no entanto, cercada de muralhas,
comandada pelo rei Príamo e defendida pelo poderoso
príncipe Heitor. Uma verdadeira fortaleza que nunca
nenhum exército conseguiu invadir, mas que irá
agora enfrentar tempos conturbados. Os Gregos deram início
a um cerco sangrento a Tróia que durou mais de
dez anos, apesar do filme transmitir uma história
bem mais breve. Aquiles, uma personagem representada por
Brad Pitt, parece ser o único guerreiro capaz de
derrotar Tróia. Mas será mesmo assim? Aquiles
obedece apenas a si próprio e aos seus instintos.
E se por um lado este guerreiro grego dá o tudo
por tudo para derrotar o inimigo, a tarefa parece complicar-se
a cada momento, uma vez que do outro lado da barricada
se encontra Heitor, o filho mais velho de Príamo,
Rei de Tróia, onde estão depositadas todas
as esperanças do seu povo e da sua cidade.
Claro que a adaptação desta obra ao cinema
implicou algumas alterações na história
original. Notável é por exemplo a ausência
dos deuses, tão importantes na obra mitológica
de Homero. O filme realizado por Wolfgang Petersen é
atravessado por batalhas com enorme ferocidade e realismo.
Dois mundos que lutam pela honra e pelo poder. As cenas
de guerra, como o desembarque de Aquiles e dos seus Myrmidons,
e do duelo entre os dois Heróis: Aquiles e Heitor
são imponentes e apresentam-se como o mais impotante
da longa metragem.
Talvez um filme como este, com custos tão avultados
(cerca de 175 milhões de dólares) devesse
apresentar um maior cuidado na reconstrução
histórica. De qualquer modo é um filme a
não perder.