Durante a sessão de sensibilização,
mostrou-se que uma pequena doação pode salvar
vidas
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Doar medula
óssea
Alunos da UBI podem salvar
vidas
Professores, alunos
e funcionários da UBI sensibilizados para a necessidade
de doar medula óssea.
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Por Hélia
Santos
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Doenças graves
como a leucemia e outros tipos de imunodeficiências
continuam a matar adultos e crianças. O transplante
de medula óssea é uma solução
para estas doenças mortais.
Sensibilizar a comunidade para a necessidade de doar medula
óssea foi o objectivo que levou o Lions Clube da
Covilhã, a Faculdade de Ciências da Saúde
da UBI, e o Centro de Histocompatibilidade do Centro, a
realizar uma sessão de sensibilização
na UBI. "Há muitas doenças que só
podem ser curadas com o transplante de medula óssea
e a probabilidade de salvar vidas será maior se aumentarmos
o número de dadores", afirma Fernando Regateiro,
presidente do Centro de Histocompatibilidade. No próximo
mês de Junho, em data a confirmar, os profissionais
de saúde deste Centro farão a recolha de uma
pequena amostra de sangue de todos aqueles que decidam voluntariar-se
como potenciais dadores. Através desta amostra são
feitos estudos que determinam o HLA (antigénios de
leucocitos humanos) "uma espécie de identidade
do dador, responsável pela compatibilidade ou incompatibilidade
tecidular entre dador e receptor", esclarece Fernando
Regateiro. O potencial dador é inscrito numa base
de dados internacional e nacional de dadores de medula óssea
e será chamado mais tarde para fazer testes adicionais,
caso o seu registo seja compatível com o de um doente
à espera de transplante. "São necessários
muitos milhares de dadores para encontrar um compatível.
E para se ser dador voluntário de medula basta ter
entre 18 a 45 anos de idade e ser saudável",
explica o responsável pelo Centro de Histocompatibilidade.
Existem dois processos de colheita de células para
transplantação de medula que não são
prejudicais à saúde do dador, já que
as células de medula óssea se renovam. Quando
a colheita das células é feita a partir da
medula óssea, o transplante requer anestesia geral
e uma curta hospitalização. Através
de outro método, o dador tem de tomar previamente
um medicamento que vai aumentar a produção
de células progenitoras no sangue, que serão
colhidas e depois transplantadas. Fernando Regateiro assegura
que "nestes processos não há dor, apenas
um pequeno incómodo para o dador que, "em troca
de um pequeno sofrimento, salva uma vida". |
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