Humor
Tochas incendeia de riso a plateia do Teatro-Cine
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Andreia Reis
NC / Urbi et Orbi
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Rir. Rir e... rir mais uma vez. A sala do Teatro-Cine
encheu de humor na noite da sexta feira, 7, quando o comediante
Pedro Tochas voltou à Cidade Neve para subir ao
palco e apresentar o "Lado B - Stand Up Comedy".
Um espectáculo que durante duas horas e meia sem
parar um único minuto, suscitou, nas cerca de 300
pessoas presentes, gargalhadas constantes e prolongadas.
Mas este não só foi um espectáculo
que mostrou as capacidades de Tochas como especialista
da comédia portuguesa como levou o público
a interagir consigo e subir ao palco para "ajudar"
em algumas cenas do ´show`. Ali, tudo o que fizesse
rir os presentes valia, colocando, desta forma, um sinal
proibido às tristezas e desgraças. "O
meu papel é mesmo esse, é fazer rir as pessoas",
sussura Tochas. Aliás, admite, "essa é
que é a minha temática, é a reacção
das pessoas às minhas palavras". E recorreu
mesmo a detalhes da cidade para complementar o espectáculo.
Na verdade, um dos pontos mais inesquecíveis deste
"Lado B" é o recurso à improvisação,
seja ela de que forma for, uma vez que Tochas é
perito em "pegar" numa frase, num monumento,
ou até mesmo na vida social e transformá-la
numa simples e boa piada. "O espectáculo tem
uma estrutura que é uma história, é
um pouco falar da minha relação com o mundo
e das minhas vivências", revela menos "brincalhão".
Esta é a base. Depois, como realça, "as
coisas vão surgindo". E surgem de uma forma
a qual ninguém sai indiferente. As críticas
que aplicou à cidade são um bom exemplo.
"A Covilhã tem uma rotunda com colunas...e
está inacabada". Ou até "ah, já
percebi, as colunas servem para travar os palhaços
que descem desde lá de cima da Serra até
cá baixo". Mas na verdade, "a cidade
só é inclinada porque nós a quisemos
assim". Estes alguns dos exemplos que manteviveram
o público covilhanense em riso constante.
"Há também uma certa crítica
social e penso que as pessoas devem ter percebido onde
eu quero chegar", ou seja, "ao comportamento
das pessoas", explicava no final do espectáculo.
E ainda numa conversa mais a "sério",
confessava que "há muitas coisas que não
estão bem e por isso mesmo temos que as questionar".
De entre essas "coisas" destaca "problemas
da cidade e das pessoas, coisas arquitectónicas
para se poder pôr em causa".
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