Dave
Grohl deve andar nas nuvens. Depois dos Nirvana
e dos Foo Fighters, e de uma prestação
memorável no último trabalho dos
Queens of the Stone Age, “Songs for the
deaf”, o baterista da mais mítica
banda de Seattle volta a surpreender com Probot.
E o que é Probot? É o concretizar
de um sonho de infância de qualquer amante
do Heavy/Trash Metal e do Hardcore.
Grohl junta num único disco os seus ídolos
de infância a cantar músicas feitas
por ele para cada um em particular. Em “Probot”
estão os mais consagrados nomes do metal
dos anos 80. Está lá Max Cavalera
(Sepultura e Soulfly), Lee Dorrian (Cathedral),
Lemmy (Motörhead), King Diamond, entre outros
que povoaram o imaginário dos adolescentes
“guedelhudos” na Escola Secundária.
Mas Probot é mais que a soma de todas as
prestações. É, acima de tudo,
um grande disco de Heavy Metal. Talvez um dos
melhores feitos nos últimos anos. Não
só pelos nomes que lhe emprestam a voz,
mas, sobretudo, pelo que de antigo recupera –
qual arqueólogo tatuado – de um estilo
que, entretanto, sofreu muitas alterações.
Já agora, saúda-se também
o regresso de Dave Grohl à bateria. Simplesmente
divinal.