Por Eduardo Alves


O Maubere (na foto) é um dos carros anteriomente utilizados
pela UBI

De participações anteriores, o carro construído na UBI só leva a estrutura e a experiência. Novas afinações e aplicações técnicas deixam docentes e alunos confiantes na participação desta prova.
Pela vigésima vez que o circuito francês acolhe a prova realizada pela petrolífera Shell e que visa o desenvolvimento de veículos menos gastadores de combustível.
Francisco Proença Brójo, docente no Departamento de Engenharia Electromecânica, fala sobre o projecto, que envolve, para além de docentes, nove alunos das licenciaturas em Engenharia Electrotécnica, Mecânica e Aeronáutica. Sectores científicos relacionados com a concepção e construção deste tipo de veículos.

Evoluções tornam condução mais fácil

Graças a uma nova técnica relacionada com a aceleração e aumento de rotação do motor do veículo ubiano, o piloto do mesmo, "não vai ter tanta dificuldade nesse ponto". Recorde-se que um dos objectivos desta prova prende-se com o facto de conseguir percorrer o maior número de quilómetros, ou a maior distância, com a menor quantidade de combustível possível. Com uma aerodinâmica apurada e afinações que tendem ao atrito nulo, ao fácil deslizamento do veículo, os carros em prova conseguem percorrer grandes distâncias com quantidades mínimas de gasolina. Um dos segredos desta prova consiste em acelerar o veículo e ganhar balanço em determinados pontos do terreno, para depois fazer parar o motor e poupar combustível.
Com as alterações feitas ao nível das acelerações e arranques, bem como suspensão, aerodinâmica, pneumáticos e outros, os responsáveis pela equipa da UBI partem para França confiantes num bom resultado. A prova, que decorre entre os dias 15 e 16 de Maio próximo, tem ainda como fim "analisar as capacidades em termos de inovação tecnológica, economia de energia, protecção do ambiente e design dos respectivos protótipos", avança o site oficial da petrolífera Shell. Este ano, estão inscritas 16 equipas portuguesas na prova que reúne cerca de 5 mil participantes.

Pedagogia e não só...

Francisco Proença Brójo, professor auxiliar no Departamento de Engenharia Electromecânica, sublinha o papel importante destas iniciativas. A construção de um protótipo e a participação, quer de docentes quer de alunos, "é sempre positiva". Este tipo de projecto ganha redobrada importância pelo facto de "se colocar na prática, toda a teoria aprendida durante as aulas". Uma forma diferente de instruir os futuros engenheiros e criadores de automóveis.
Esta participação espera também vencer "a nível psicológico", porque que os resultados obtidos em edições anteriores não têm sido os melhores. O trabalho de pesquisa e de laboratório está agora pronto. As últimas afinações estão feitas e os condutores quase escolhidos, uma vez que o aluno designado para participar na prova ainda não confirmou em definitivo a sua presença. Os responsáveis referem que existe já um substituto, caso o piloto oficial não possa estar na prova.