De participações
anteriores, o carro construído na UBI só
leva a estrutura e a experiência. Novas afinações
e aplicações técnicas deixam docentes
e alunos confiantes na participação desta
prova.
Pela vigésima vez que o circuito francês
acolhe a prova realizada pela petrolífera Shell
e que visa o desenvolvimento de veículos menos
gastadores de combustível.
Francisco Proença Brójo, docente no Departamento
de Engenharia Electromecânica, fala sobre o projecto,
que envolve, para além de docentes, nove alunos
das licenciaturas em Engenharia Electrotécnica,
Mecânica e Aeronáutica. Sectores científicos
relacionados com a concepção e construção
deste tipo de veículos.
Evoluções tornam condução
mais fácil
Graças a uma nova técnica relacionada com
a aceleração e aumento de rotação
do motor do veículo ubiano, o piloto do mesmo,
"não vai ter tanta dificuldade nesse ponto".
Recorde-se que um dos objectivos desta prova prende-se
com o facto de conseguir percorrer o maior número
de quilómetros, ou a maior distância, com
a menor quantidade de combustível possível.
Com uma aerodinâmica apurada e afinações
que tendem ao atrito nulo, ao fácil deslizamento
do veículo, os carros em prova conseguem percorrer
grandes distâncias com quantidades mínimas
de gasolina. Um dos segredos desta prova consiste em acelerar
o veículo e ganhar balanço em determinados
pontos do terreno, para depois fazer parar o motor e poupar
combustível.
Com as alterações feitas ao nível
das acelerações e arranques, bem como suspensão,
aerodinâmica, pneumáticos e outros, os responsáveis
pela equipa da UBI partem para França confiantes
num bom resultado. A prova, que decorre entre os dias
15 e 16 de Maio próximo, tem ainda como fim "analisar
as capacidades em termos de inovação tecnológica,
economia de energia, protecção do ambiente
e design dos respectivos protótipos", avança
o site oficial da petrolífera Shell. Este ano,
estão inscritas 16 equipas portuguesas na prova
que reúne cerca de 5 mil participantes.
Pedagogia e não só...
Francisco Proença Brójo, professor auxiliar
no Departamento de Engenharia Electromecânica, sublinha
o papel importante destas iniciativas. A construção
de um protótipo e a participação,
quer de docentes quer de alunos, "é sempre
positiva". Este tipo de projecto ganha redobrada
importância pelo facto de "se colocar na prática,
toda a teoria aprendida durante as aulas". Uma forma
diferente de instruir os futuros engenheiros e criadores
de automóveis.
Esta participação espera também vencer
"a nível psicológico", porque
que os resultados obtidos em edições anteriores
não têm sido os melhores. O trabalho de pesquisa
e de laboratório está agora pronto. As últimas
afinações estão feitas e os condutores
quase escolhidos, uma vez que o aluno designado para participar
na prova ainda não confirmou em definitivo a sua
presença. Os responsáveis referem que existe
já um substituto, caso o piloto oficial não
possa estar na prova.
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