Os Cursos de Especialização
Tecnológica (CET), propostos e coordenados pela
Universidade da Beira Interior (UBI) em cooperação
com as escolas secundárias da Covilhã e
Fundão, devem arrancar a partir de Janeiro de 2005.
Os CET estão divididos nas áreas das Ciências
Empresariais, Electrónica e Automação
e Tecnologias da Informação e Comunicação.
Luís Carrilho Gonçalves é o coordenador
geral do projecto dos CET. O vice-reitor da UBI considera
ser possível iniciar-se os CET dentro da data prevista,
descrevendo que a sua preparação “está
a avançar com uma equipa a trabalhar nisto 24h
por dia”.
Os processos para a implementação dos CET
foram enviados em Julho do ano passado ao Ministério
da Ciência e Ensino Superior e estão “a
aguardar autorização superior”.
Na Escola Secundária Campos Melo (ESCM), os cursos
a implementar são os de Desenvolvimento de Produtos
Multimédia e Aplicações Informáticas.
Este último será também leccionado
em parceria com a Escola Secundária do Fundão,
juntamente com Automação, Robótica
e Controlo Industrial. Está ainda prevista, para
a Escola Secundária Frei Heitor Pinto (Covilhã)
a abertura do curso de Instalação e Manutenção
de Redes e Sistemas Informáticos.
O formatos dos cursos é o previsto na legislação.
Os CET têm duração de quatro semestres.
Os primeiros três semestres (um ano e meio) são
de período lectivo, dividido entre a UBI e as escolas
secundárias do projecto, e o último é
passado numa empresa, em estágio profissional.
Os CET são direccionados a alunos que provenham
do ensino profissional e possuam o 12º ano de escolaridade.
No final irão receber um diploma do curso respectivo,
reconhecido pelo Ministério do Trabalho.
Em aberto, fica a possibilidade de continuidade de estudos
no ensino superior através de uma candidatura de
contingente especial, “em que as universidades têm
de definir, por cada curso, as unidades de créditos
correspondentes à formação que receberam”,
clarifica Luís Carrilho.
Um pormenor que ainda está a ser equacionado é
o funcionamento dos CET em horário pós-laboral,
para que, como conta o coordenador geral do projecto,
se possa “atrair pessoas que já estejam no
mercado e queiram evoluir profissionalmente através
da aquisição de mais competências”.
Joaquim Azevedo junto a Isabel
Fael, directora da Escola Secundária Campos
Melo
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Falar de ensino profissional
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O anúncio foi feito, na semana passada, durante
uma conferência em que se falou de “O Ensino
Profissional em Portugal”, na Escola Secundária
Campos Melo (ESCM), no âmbito das comemorações
dos 120 anos daquele estabelecimento de ensino. O orador
principal foi Joaquim Azevedo, ex-secretário de
Estado do Ensino Básico e Secundário durante
os governos de Cavaco Silva e administrador da Associação
Empresarial da Associação Empresarial de
Portugal (AEP).
Joaquim Azevedo vê a criação dos CET
com bons olhos. “Se levamos os jovens até
um nível de especialização de 12º
ano, devemos criar algo que lhe possibilite uma especialização.”
O administrador da AEP acredita que, desta forma, os jovens
podem aprender algo mais específico, dando os exemplos
de “mecânica da climatização
ou automóvel como complemento da formação
em Mecânica do ensino secundário”.
“São cursos com um carácter de 100
por cento de empregabilidade, porque são feitos,
desde o início em colaboração com
empresas”, considera Azevedo.
Os docentes da UBI já dão formação
do género desde 1997 na Escola Tecnológica
da Beira Interior, situada no CITEVE, por isso Carrilho
Gonçalves afirma que “estão mais do
que preparados” para os CET.
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