Por Ana Maria Fonseca
O amor é um lugar
estranho não é obviamente uma tradução
fiel de “Lost in translation” que significa
qualquer coisa como “perdido entre a tradução”.
De facto, considerar o amor como um lugar estranho soa
muito melhor, embora me pareça bastante inadequado
até porque o filme conta uma história muito
mais sobre a amizade do que o pretende fazer em relação
ao amor.
Opinião sobre o título assente, interessa
referir que o palco (e vou usar o título original)
de Lost in Translation é Tóquio, uma ‘cidade
luz’ onde Bob (Bill Murray) e Charlotte (Scarlett
Johansson), dois americanos, se conhecem.
Aparentemente tão diferentes, há uma característica
comum que os aproxima – não conseguem dormir.
A partir daí nasce uma amizade curiosa entre duas
pessoas que se procuram a si mesmas na solitária
e ruidosa Tóquio.
A película foi galardoada com o oscar de melhor
argumento original na última cerimónia dos
prémios americanos.
Depois das maravilhosas “Virgens suicidas”,
Sofia Coppola volta a brindar-nos com a sua sensibilidade.
Pode ser visto até ao próximo dia 5 no Teatro-Cine
da Covilhã.