Por Teresa Batista


Alguns membros da equipa inicial

Os grupos de apoio, do Gabinete de Intervenção Comunitária do Centro de Promoção e Educação para a Saúde, foram suspensos. A decisão foi tomada por Henrique Pereira devido à falta de inscrições por parte dos estudantes. A “mentalidade cultural da nossa sociedade”, a falta de confiança por parte dos participantes e a falta de informação foram os principais motivos que afastaram os alunos dos grupos de apoio.
Henrique Pereira afirma que o fracasso deste projecto "ajudou a compreender melhor as estratégias que agora podem ser seguidas na reformulação da iniciativa". O docente refere ainda que "o objectivo principal do projecto é o mesmo, ou seja, visa responder às necessidades a nível de apoio manifestadas pelos estudantes". No entanto, o novo plano vai recorrer a outros meios. Inicialmente, passa pela criação de um site onde os participantes podem "estabelecer um primeiro contacto, com a garantia de anonimato, podem colocar questões e através do mesmo meio os professores do departamento de Psicologia da UBI dão a resposta, e posteriormente os estudantes podem entrar nos grupos de apoio", acrescenta.
Através da página criada na Internet, os alunos também vão ter contacto com imagens e testemunhos de pessoas que já participaram nos grupos de apoio. "Esta estratégia procura desenvolver a confiança por parte dos participantes", salienta o docente.
Depois da reunião com os moderadores dos grupos de apoio, onde o docente discutiu as alternativas possíveis para continuar com a iniciativa, Henrique Pereira afirma que "a página na Internet vai entrar em funcionamento ainda durante este semestre lectivo, e o arranque dos grupos de apoio está previsto para Setembro".
As dúvidas e problemas manifestadas pelos estudantes, num estudo realizado na UBI, apontam para a necessidade de um Gabinete de Apoio Psicológico na instituição. Henrique Pereira conta que esta proposta ainda está em estudo e se o projecto avançar "pode ser um local para os futuros licenciados em psicologia estagiarem".
João Freire, aluno do terceiro ano da licenciatura em Psicologia, é um dos moderadores dos grupos de apoio. Para o futuro psicólogo "a partilha de assuntos particulares entre as pessoas" foi um dos principais problemas do funcionamento dos grupos. O moderador afirma que se sente preparado e capacitado para ajudar os colegas, "a formação e a experiência obtida nos projectos desenvolvidos" levam a que João Freire sinta confiança em si mesmo para desenvolver esta actividade.
Henrique Pereira acrescenta que os grupos de intervenção comunitária têm um objectivo diferente de um gabinete de apoio psicológico. "Os grupos procuram ajudar os alunos a superar problemas respondendo às suas dúvidas e clarificando assuntos sobre temáticas específicas onde o debate de experiências tem um papel fundamental, para o qual os moderadores estão capacitados, enquanto que um gabinete psicológico presta um apoio individualizado e procura ajudar as pessoas aprofundando os problemas que as perturbam", sublinha.
Com a reformulação do projecto dos grupos de apoio, os alunos da UBI vão ter à disposição um espaço na Internet onde podem colocar as suas questões sobre as dúvidas e problemas que perturbam o seu dia-a-dia.