A grande problemática
das universidades dos dias de hoje é a forma como
se adquire o conhecimento. A sociedade de informação
e conhecimento obriga a repensar os processos de aprendizagem
e aquisição de competências.
Foi neste sentido que os cursos de Física Aplicada,
Engenharia Civil, Ciências do Desporto, Sociologia,
Economia e Medicina estiveram em apreciação
no dia de ontem, segunda feira, no âmbito das VII
Jornadas de Avaliação da Universidade da
Beira Interior (UBI).
Professores e alunos apresentaram os pontos fortes e fracos
de cada curso, resultado da análise da Comissão
de Avaliação Externa (CAE). Anunciaram também
os objectivos que pretendem atingir e propostas para uma
evolução cada vez mais positiva.
Os oradores de Física Aplicada e Engenharia Civil
centraram como maior dificuldade o excessivo número
de alunos nos dois primeiros anos da licenciatura. Contrabalançaram
isto com aspectos positivos como o estágio integrado
no plano curricular, no primeiro caso, e a boa integração
no mercado de trabalho, no caso de Civil. O curso de Economia
também apresentou como ponto forte a boa aceitação
dos licenciados pelo mercado de trabalho.
A licenciatura de Medicina, que tem apenas três
anos, não foi ainda avaliada pela CAE. Como tal,
a professora Isabel Neto apresentou os pontos resultantes
da auto-avaliação levada a cabo pelos responsáveis
do curso. Manuel Franco, aluno de Desporto, propôs
que se analise o sucesso ou insucesso dos alunos licenciados
no mercado de trabalho de forma a perceber se os esforços
ao longo do curso são ou não suficientes.
Isso é já o que faz o curso de Sociologia,
num projecto em curso desde 1995. O projecto permitiu
centrar algumas ideias acerca das saídas profissionais
e facilitar a consideração da CAE.
Manuel Franco sugeriu também uma alteração
de comportamentos e expectativas, com participação
mais activa dos alunos, e em que o professor seja mais
do que mero transmissor de conhecimentos.
Manuel Santos Silva, reitor da UBI, concorda que a metodologia
de trabalho tem que ser mudada. "A UBI tem as ferramentas
fundamentais para a mudança. Quem tem que mudar
são os professores", refere. Para além
da avaliação de alguns cursos, as jornadas
contaram com palestras acerca da sociedade de informação
e conhecimento, e com uma mesa redonda em que se debateram
temas importantes para o ensino.
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