O túnel da Devesa é a primeira obra do Polis a ser concluída
Castelo Branco
Já se passa pelo Túnel da Devesa

Foram às centenas os albicastrenses que assitiram à inauguração do novo Túnel da Devesa, na passada semana. Já se pode circular, mas ainda falta concluir o parque de estacionamento, que terá capacidade para 385 viaturas.


Céu Lourenço
NC / Urbi et Orbi


Centenas de albicastrenses encheram na terça-feira, 6 de Abril, as ruas da
"nova cidade", para asistirem à abertura do novo túnel da Devesa, que
permite atravessar a Alameda da Liberdade, a partir da Rua do Saibreiro e da Rua da Sé até à Praça do Município, e aceder ao parque de estacionamento subterrâneo, com capacidade para acolher cerca de 385 veículos.
Por enquanto, apenas será possível a circulação pelo túnel, uma vez que as obras do parque ainda decorrem e só deverão estar terminadas em finais de Abril ou Maio.
À superfície, a Alameda da Liberdade terá um corredor viário para a circulação exclusiva de autocarros, veículos de emergência, cargas e descargas.
Recorde-se que a abertura ao trânsito esteve agendada para o dia 19 de
M arço, mas acabou por ser adiada, devido à necessidade de corrigir alguns troços de pavimentos próximo da zona da Sé e de proceder ao alargamento da via na Praça D. José.
O túnel da Devesa que é a primeira intervenção do programa Polis a ser
concluída no centro cívico da cidade, está equipado com redes de incêndio,
drenagem de esgotos e rede eléctrica. Na área da segurança, está dotado com equipamento que, de forma automática e independente da intervenção humana, permite a detecção precoce de um eventual foco de incêndio, limitando os riscos de propagação de fogo e fumo e garante a evacuação rápida e segura dos utilizadores, de forma a facilitar a intervenção eficaz e em tempo útil dos bombeiros. Esta ainda dotado de um sistema de detecção de monóxido de carbono, vigilância por circuito fechado de TV, ventilação e desenfumagem.
Relativamente ao controlo de tráfego, pode notar-se que nas entradas do
túnel está instalado um sistema de semáforos, comandados através do autómato de Central de Gestão e Controle de Tráfego de acordo com as informações do estado geral do túnel e dos detectores de veículos e através do sistema de detecção de monóxido de carbono e de detecção de incêndio.
Nas entradas está colocado um detector que permite a contagem de veículos, medições de velocidade, medição de perfil para classificação e do tempo entre viaturas.
O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão começou por lembrar que "estas não são obras que se fazem todos os dias, sendo nossa preocupação executá-las bem, por forma a deixar aos vindouros uma cidade competitiva e ganhar as apostas do futuro".
Com a abertura desta nova via no centro da cidade, segunda obra inaugurada no âmbito do Polis, o autarca albicastrense, recordou aos mais cépticos que "a abertura do parque da cidade, mereceu na altura, algumas vozes saudosistas que criticaram as obras ali efectuadas. A prova de que hoje este espaço é frequentado por milhares de pessoas, contraria as críticas feitas, já que gente de todas as idades usufrui daquilo que ali foi feito. Também pretendemos que novamente a população volte ao centro da cidade, e possa usufruir das estruturas que estamos a levar a cabo".
Para o presidente da Câmara, o túnel da Devesa, que custou três milhões e 800 mil euros, é uma obra "simbólica no sentido da mudança e da
requalificação da cidade".
A propósito da nova cidade que se avizinha, Joaquim Morão lembrou que "estamos perante um concelho que reune cerca de 75 mil pessoas, pelo que importa que cada vez mais haja maior investimento, para podermos resolver os nossos problemas". Nesta área o autarca frisou que "a Câmara faz todos os dias o seu trabalho de casa, para que nos sítios próprios, possamos levar a bom porto os nossos objectivos, e conseguir os meios necessários para os investimentos".