Os relatórios
de contas e actividades da Câmara da Covilhã
e dos Serviços Municipalizados de Água e
Saneamento de 2003 foram aprovados, com o voto contra
de Miguel Nascimento, vereador da oposição,
na última reunião de executivo, na passada
sexta feira, 16. “O meu sentido de voto deve-se
ao meu desconhecimento da matéria e não
por desacordo do conteúdo”, explica Nascimento.
O vereador do PS teve, pela primeira vez, ao longo de
dois anos de mandato oportunidade de “bloquear”
a votação de documentos, mas optou por permanecer
na sala de reuniões e permitir à maioria
a aprovação dos documentos. Com as ausências
do presidente da Câmara da Covilhã, Carlos
Pinto e dos vereadores Joaquim Matias e Luís Barreiros
se Miguel Nascimento tivesse abandonado a reunião
o quórum seria quebrado e os documentos só
poderiam ser votados na sessão seguinte, a sua
opção de ficar na reunião deveu-se
a uma questão de “coerência democrática”
e “respeito” pelos seus eleitores
O vereador do PS protestou contra o facto dos documentos
lhe terem sido entregues apenas com 24 horas de antecedência.
“A Lei prevê 48 horas e mesmo assim seria
insuficiente para analisar documentos tão extensos
e volumosos”, disse Miguel Nascimento, que prometeu
analisar detalhadamente os relatórios de contas
e actividades, prometendo uma tomada de posição
pública do PS sobre os documentos antes da realização
da Assembleia Municipal onde serão votados, prevista
para o dia 30 de Abril.
O presidente da Câmara em exercício, Alçada
Rosa, afirmou que os documentos não poderiam ser
votados noutra altura, por causa da preparação
da visita do Primeiro-Ministro, Durão Barroso,
à Covilhã, agendada para a próxima
sexta feira.
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