Desde o início
de Março
Subida de preços no silo do Sporting.
O pagamento de meia-hora
foi eliminado da tabela e paga-se agora mais 10 cêntimos
por hora. Mas a administração diz que o
espaço foi alvo de melhoramentos e dispõe
de mais condições. Os utilizadores esperam
que o monopólio da Parq C não se venha a
tarduzir em mais aumentos.
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Ana Ribeiro Rodrigues
NC / Urbi et Orbi
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Desde o dia 1 de Março, altura em que o silo-auto
do Sporting da Covilhã passou a ser gerido pela
Parc C, concessionária do silo do Pelourinho, que
os preços aumentaram para uniformizar as tarifas
entre os dois parques, que agora pertencem à mesma
empresa.
O valor da avença mensal aumentou de 50 para 61
euros e o pagamento de meia em meia hora, a 35 cêntimos,
foi abolido. Neste momento a contagem do tempo de parqueamento
é feito unicamente à hora e teve um acréscimo
de 10 cêntimos por cada. No entanto, Paulo Ramos,
administrador do espaço, sublinha que as pessoas
devem ter em conta que foram introduzidas melhorias e
passaram a ser dadas mais garantias de segurança.
O gerente diz que nos próximos dias o silo do Sporting
já deve ter as mesmas condições que
o parque de cima. As paredes foram pintadas, "já
está mais clarinho", as máquinas foram
substituídas e ainda esta semana devem ser instaladas
11 cameras de vigilância. Oito igualmente repartidas
pelos dois pisos superiores e três no piso menos
dois. "Aqui os carros estão seguros e, se
lhe acontecer alguma coisa, podemos ir ver o que se passou
e entregar o vídeo das cameras de segurança
à Polícia. Isso é uma das coisas
a que só damos verdadeiro valor quando acontece
ao nosso carro", salienta.
Paulo Ramos acrescenta que o novo parque, que vem acrescentar
170 lugares aos 374 estacionamentos subterrâneos
explorados pela ParcC, vai ter também dois lugares
para deficientes, que até agora não tinham.
"Ficam logo à entrada para ter logo acesso
à rua, sem grandes manobras", frisa. Para
além desta alteração, da aparência
e da segurança o administrador diz que também
o atendimento é agora melhor. Os funcionários
mantêm-se, "mas tiveram e ainda continuam em
formação" e agora rodam pelos dois
parques.
Apesar de o espaço já estar há mais
de um mês sobre a sua gestão Paulo Ramos
entende que ainda não é possível
fazer um balanço rigoroso, "porque as novas
máquinas só estão a funcionar desde
dia 18", mas adianta que o movimento se tem mantido.
Clientes preferiam que
houvesse concorrência
Os clientes é que não notam grandes alterações,
para além do preço e da mudança do
tarifário, e temem que a posição
de monopólio em que a ParcC se encontra a leve
a aumentar ainda mais os preços.
"A única coisa que fizeram foi trocar as máquinas
e pintar as paredes, o chão está ainda igual",
diz Pedro Santos, que utiliza o silo "praticamente
desde que abriu". Maciel Monteiro, à primeira
vista, também não nota diferenças
significativas, embora sublinhe que "o serviço
deixou de ser mais pessoal e passou a ser mais automatizado".
Este utilizador diário do parque lamenta é
a eliminação do pagamento à meia-hora,
útil sobretudo para quem fica ali pouco tempo estacionado.
"Agora, mesmo que fique cá só alguns
minutos o preço mantém-se nos 60 cêntimos".
Miguel Reis também se queixa da mesma situação.
"Uma pessoa está aqui 10 minutos e é
logo 60 cêntimos. Para mim é demais, claro,
mas sempre está guardado", refere.
O receio é que o monopólio se traduza em
novos aumentos. "O mercado é sempre assim.
Quem tem o domínio completo faz o que quer",
salienta Jaime Proença. No entanto, Pedro Santos,
acredita que "pelo menos para já não
vão aumentar mais, uma vez que o fizeram agora
aqui".
Segundo Maciel Monteiro "talvez fosse preferível"
o Sporting continuar com a gestão do parque de
estacionamento. "Por causa da mística de ser
o silo do Sporting e também para que o outro tivesse
concorrência". Uma ideia também defendida
por Miguel Reis. "Eu preferia que continuasse a ser
explorado pelo Sporting, sempre se ajudava o clube da
terra. Mas eles é que sabem e , tirando o preço,
não tenho nada a reclamar".
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