Franz Ferdinand





Franz Ferdinand






Domino | 200
4








Por Alexandre S. Silva

Desde “Is this it?” (2001) dos Strokes, que não se via fruta tão fresca no mercado da pop. Da mesma Escócia que nos deu os Belle & Sebastian, surgem, agora, os Franz Ferdinand (nome inspirado no arquiduque austro-húngaro cujo assassinato deu origem à I Gerra Mundial). Um quarteto com raízes na electropop dos idos anos 80, e com uma sonoridade pós-punk tipicamente britânica.
“Franz Ferdinand”, o homónimo álbum de estreia, é – passe a analogia – um cabaz cheio de maçãs verdes e suculentas. Com a pele polida e ainda humedecida pelas gotas de orvalho. Assim que se pega na primeira, é impossível não comer as restantes. De resto, este primeiro registo dos britânicos é, em todos os aspectos, surpreendente. Desde o momento em que “Jaqueline”, a faixa de abertura, descamba, a meio, para o rock, até ao último acorde de “40 ft”, ouvimos um disco extremamente divertido, inovador e inteligente como há muito não se via. Acutilante como uns Strokes e sofisticado como uns Pulp, promete levar ao rubro as pistas de dança por esse mundo fora. Para já… o melhor disco do ano.

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