As candidaturas a bolsas
PRODEP, para estágios não remunerados a
recém licenciados, começaram ontem, segunda
feira, na UBI e estendem-se até ao final do mês.
O processo estava previsto arrancar há três
semanas, mas, na altura, a ministra da Ciência e
Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, decidiu
suspender a atribuição de bolsas PRODEP,
alegando que a decisão se devia a uma revisão
intercalar do Ministério que determinou uma reformulação
“ao nível do objectivos e conteúdos
exigidos para que determinado estágio mereça
financiamento de fundos comunitários”.
Mas no passado dia 26 de Março, Maria da Graça
Carvalho voltou atrás na deliberação
e “deu o dito por não dito” ao cancelar
a suspensão da abertura do concurso a bolsas PRODEP.
No despacho que vincula a reabertura do concurso, a ministra
considera os resultados da Acção 3.2 (Programa
de Estágios ao Ensino Superior) serem “ainda
pouco satisfatórios em matéria de promoção
de um quadro de articulação estruturante
e perdurável entre o ensino superior e o tecido
de emprego”, contudo adianta que a meta de 21 380
estágios previstos inicialmente se encontra “praticamente
alcançada”.
Como já havia sido noticiado na edição
216 do Urbi et Orbi, cerca de 100 finalistas da Universidade
da Beira Interior ficariam afectados caso Maria da Graça
Carvalho tivesse mantido a sua decisão inicial.
Bioquímica, Química Industrial, Ciências
da Comunicação seriam as licenciaturas mais
atingidas, uma vez que é destas que surge o maior
número de candidaturas ao programa financiado maioritariamente
por verbas provenientes do Fundo Social Europeu e pelo
Fundo de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Rogério Palmeiro, responsável no Gabinete
de Estágios e Saídas Profissionais (GESP)
pelas candidaturas a bolsas PRODEP, encara a medida como
“positiva”. Admite que a génese da
sua nova opção tenham sido “pressões”,
mas “mesmo assim, só pode ser vista com bons
olhos, pois deixa mais opções aos finalistas”.
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