"Eu vim na minha viatura pessoal afirmar, no plano
público, os direitos dos estudantes junto do Governo.
É a forma possível de demonstração
do descontentamento dos estudantes em relação
à política governamental, nesta área.
Em termos práticos, espero que sirva como ponto
de consideração e influência na discussão
das novas leis de bases do Ensino Superior (ES) na Assembleia
da República."
|
Pedro Manquinho (Engenharia Aeronáutica)
|
"O que me trouxe a Lisboa é o mesmo que me
fez vir às anteriores manifestações.
Lutar por aquilo que penso ser um direito de todos os
jovens do nosso País: um ES de qualidade e gratuito.
É fácil haver um decréscimo do interesse
dos estudantes, tendo em conta que muitos já pagaram
a propina, parcialmente ou na totalidade. A sua preocupação
em relação aos problemas diminui. O que
nunca pode acontecer é as associações
de estudantes deixarem de lutar.
O facto da ministra dizer que vai manter a sua política,
sem negociar com os estudantes, é dar um tiro nos
pés. É óbvio que os estudantes estão
descontentes e que as propinas são exageradas.
A posição de Maria da Graça Carvalho
demonstra uma prepotência que não é
própria de um membro do Governo."
Ana Cruz (Matemática/Informática) |
|
"Sinto que o único motivo por que isto está
a acontecer tem a ver com as medidas regulamentadas no
início do ano lectivo, que foram um choque bastante
grande. Os estudantes estão um pouco adormecidos,
algo que só pode ser atribuído ao laxismo
que se sente no ES. No entanto, penso que 5 mil estudantes
nas ruas, a comemorar também o Dia do Estudante,
é uma força que não se pode negar.
Estamos aqui a lutar.
O que me traz aqui é acreditar que ainda podem
haver alterações, que podem vir a ser uma
melhoria, para aquilo que é o ES em Portugal. Eu
acredito muito e continuarei a lutar por isso. A manifestação
é a forma que eu encontrei, junto dos meus colegas,
para fazer ouvir a minha voz. Não se pode tomar
por certo aquilo que não sabemos se o será."
|