Valorizar e divulgar
as potencialidades dos recursos locais e apostar na formação
e na criação de novos negócios são
algumas das alternativas ao desemprego. Na Cova da Beira
existem quase 6 mil desempregados, vindos sobretudo do
sector dos lanifícios e confecções.
O Centro Social do Ferro promoveu uma acção
de sensibilização, na passada terça-feira,
dia 16, onde laçou um alerta para a necessidade
de aproximar a população desempregada das
entidades empregadoras.
A docente do departamento de sociologia da UBI, Maria
João Simões, aponta o défice de competitividade
das empresas do concelho, a crescente evolução
tecnológica, e a ausência de requalificação
e formação dos trabalhadores, como principais
causas do desemprego. Segundo a socióloga "aumentar
o espirito de iniciativa e a capacidade de enfrentar desafios
são formas de reduzir o desemprego".
O Auditório da Biblioteca Central da UBI foi o
espaço escolhido para a primeira apresentação
do projecto que irá desenvolver um conjunto de
acções com vista a diminuir a taxa de desemprego
na região, e incentivar a criação
de pequenos negócios e de auto emprego.
A Associação Centro Social do Sagrado Coração
do Ferro criou um Gabinete de Aconselhamento Técnico
para apoiar a criação de pequenos negócios
e desenvolver consolidar os já existentes. Das
9 às 17 horas, no Centro Social do Ferro, uma técnica
orienta os desempregados, fomenta o empreendedorismo e
proporciona apoio financeiro e social. "Mais vale
um pequeno negócio que um grande emprego"
é um dos lemas do projecto que combate o desemprego.
João Carvalho, presidente da Associação
Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP),
destaca a urgência de adequar a formação
académica às necessidades reais do mercado.
"A preparação técnica e profissional
é a base dos sucesso das empresas. Analisar o que
as pessoas estão dispostas a aprender, adequar
os cursos às carências do mercado e formar
as chefias" são para o empresário os
segredos para o desenvolvimento económico à
escala local e nacional.
A instituição particular de solidariedade
do Ferro, preocupada com o crescente número de
desempregados, não esquece a formação
e tem a decorrer cursos na área dos bordados, animação
e culinária.
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