Castelo Branco
Museu-oficina de Manuel Cargaleiro abre em Setembro
O novo espaço
de arte ficará instalado no Solar dos Cavaleiros
e abre portas em Setembro. Só que este museu servirá
também para formar jovens, sobretudo na área
dos Bordados de Castelo Branco.
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Céu Lourenço
NC / Urbi et Orbi
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O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro inaugura no próximo
mês de Setembro em Castelo Branco o primeiro museu-oficina
da sua fundação em Portugal.
Este espaço de arte ficará instalado no
Solar dos Cavaleiros, um edifício do século
XVIII, situado no centro histórico, recuperado
ao abrigo do programa
Polis.Esta decisão partiu de um protocolo de cooperação,
assinado na sexta-feira, 12, no Salão Nobre dos
Paços do Concelho.
O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Morão
lembra que "não é todos os dias que
surgem acontecimentos neste concelho, com tão elevado
indíce cultural, em que a criação
deste museu é disso exemplo". Por tal facto,
a sua implementação, "é para
os albicastrenses motivo de enorme orgulho, numa altura
em que se regista uma autêntica renovação
da cidade, uma requalificação urbana nunca
sentida noutros tempos, com grandes intervenções
de projecção futura, em que a dimensão
cultural é uma tarefa bastante importante, reforçada
por esta oportunidade dada por este vulto da cultura,
pois só assim podemos ganhar as apostas do futuro".
Por seu turno, Manuel Cargaleiro reconhece que "este
é um dia muito importante da minha vida, dado tratar-se
da conclusão de um projecto há muito idealizado
por indicação de vários artistas
e intelectuais beirões. O presidente da edilidade
teve um papel fundamental para que a criação
deste museu fosse uma realidade". O pintor, reforçando
a importância desta obra, frisa que "os artistas
quando trabalham para realizar a sua obra, eles amam e
gostam de ser amados, sendo esta a razão porque
eu disse que este era uma dia muito importante da minha
vida. Aqui ficou demonstrado, que eu a fazer a minha obra,
amei-a e também fui amado, sobretudo porque tal
aconteceu na capital do meu distrito, conseguindo deste
modo ser um pouco profeta na minha terra".
Recusando qualquer tipo de protagonismo, o artista, natural
de Vila Velha de Ródão considera-se "um
homem simples, apenas com o gosto da sua vida que é
pintar e apreciar a arte dos outros artistas".
Manuel Cargaleiro anuncia que outros pólos deste
género estão previstos em Portugal, "sempre
voltados para as escolas e a formação profissional,
e não serem apenas uma arrecadação
de peças para as pessoas poderem apreciar".
Exemplo disso será o museu-oficina de Castelo Branco,
como refere "para além da exposição
de algumas obras da minha autoria, será uma casa
de trabalho, essencialmente ligada aos bordados de Castelo
Branco, em que devemos convidar jovens artistas, por exemplo,
alunos da Escola Superior de Artes, no sentido de criarem
desenhos, fazer um colcha ou uma toalha".
Depois de Itália, será também aberto
ao público um espaço da Fundação
Cargaleiro no Seixal e em Vila Velha de Ródão.
Nesta sua visita a Castelo Branco, o mestre apresentou
no parque da cidade, um painel de azulejosonde se pode
ver uma autêntica combinação entre
as cores verde deste espaço de lazer e o rosa normalmente
usado nas antigas casas da Beira Baixa. O mestre denominou
este painel de "arlequim", pela perspectiva
de diversão que este espaço poderá
proporcionar às pessoas que aqui se desloquem.
Neste local está também escrito o belo poema
"Cantiga, Partindo-se", da autoria de João
Roiz de Castelo Branco.
O renovado parque da cidade albicastrense, contará
dentro de um mês e meio com outra peça de
arte pública da autoria de Cristina Ataíde,
ficando localizada na fonte, à entrada do parque.
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