O Teatr’UBI abriu
o festival de teatro com a peça “D. Quixote
Revisitado”. Esta peça tem por base um texto
que foi escrito para marionetas, em 1733, por António
José da Silva, “Vida do Grande D. Quixote
de la Mancha e do gordo Sancho Pança”.
A peça tinha como objectivo “divertir”,
concordaram alguns actores. Segundo Sérgio Novo,
que representava o Sancho Pança, esta peça
“não tinha uma mensagem propriamente dita,
mas uma função, a de fazer rir e descontrair
as pessoas que assistiram”.
Esta representação foi preparada ao longo
de três meses. Durante um mês e meio houve
formação dos actores, sendo de assinalar
que foram vários aqueles que se estrearam. Deixaram
de lado o nervosismo e enfrentaram o público. Para
eles a experiência foi “gratificante”
e não era possível transmitir por palavras
aquilo que sentiram. Depois da formação,
ao longo de um mês e meio, prepararam a peça.
Um trabalho árduo que foi recompensado com risos
ao longo da representação e com aplausos
no fim.
Esta peça primou pela originalidade, e pela forma
como abordou e apresentou o tema. Um misto de seriedade
e tom de brincadeira, de "comédia", como
comentou Mónica Sardinha. Notou-se também
um recurso a vários tipos de músicas e vídeos,
que passavam em certos momentos no pano de fundo.
No final, a plateia ficou surpresa quando Luís
Gil, que interpretava o papel de Carrasco, pediu que as
luzes se acendessem, deixando todos os presentes iluminados.
Foi nesta altura que os actores em cena se despiram dos
seus papéis e apresentaram de um modo informal
o fim da peça, a derrota de D. Quixote pelo carrasco.
Um desfecho diferente nesta maneira de acabar uma história
que fala sobre D Quixote, o cavaleiro andante.
No fim do Ciclo de Teatro Universitário serão
atribuídos dois prémios, um pelo público
e outro por um júri. Não entram a concurso
nem o Teatr’UBI, nem duas companhias de teatro profissional.
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