Ribeiro Cristovão e Teresa Cavaco mostraram algumas das vantagens do Euro 2004 aos alunos de Economia da UBI
Euro 2004: Impacto no Turismo
Todos convocados

Numa altura em que os portugueses estão mobilizados para que tudo corra bem no Euro 2004, Ribeiro Cristovão e Teresa Cavaco vieram à UBI apresentar as vantagens do evento para o nosso País.


Por Andreia Ferreira


O segundo dia da VIII Semana de Economia, que decorreu de um a quatro de Março, tratou um tema actual, o Euro 2004: Impacto no Turismo. Para
falar dos benefícios do evento o núcleo de Economia convidou Ribeiro
Cristovão, deputado eleito pelo círculo de Castelo Branco e jornalista da Rádio Renascença, e Teresa Cavaco, assessora do Secretário de Estado do Turismo.
Ribeiro Cristovão entende que “foi uma grande vitória Portugal organizar o
Euro 2004. Já tinha tentado em 1996 e foi uma boa rampa de lançamento”. A autorização para a organização, concedida em Outubro de 1999, só prova que Portugal está entre os dez países mais aptos para desempenhar essa tarefa.
Para o deputado o objectivo de Portugal é “afirmar-se perante a Europa e o mundo como uma nação milenária”. Ultrapassada a primeira etapa, Ribeiro Cristovão louva o esforço conjunto da Federação Portuguesa de Futebol, dos clubes, das autarquias e do Estado.
Muitos dos presentes, na sua maioria alunos e professores de Economia,
consideram um desperdício de dinheiro para o País os dez estádios
construídos para o Euro. Ribeiro Cristovão esclarece que o intuito era “promover o desenvolvimento do futebol em Portugal”, mas admite que no final do Euro 2004 “continuamos com dez bons estádios e um futebol pouco competitivo e com pouca assistência”. A solução é aproveitar alguns estádios noutros sentidos, como para a criação de hotéis, escritórios e palco para espectáculos.
No debate, os alunos de Economia levantaram o polémico assunto referente à descentralização. O Litoral foi favorecido, tanto a nível da escolha dos estádios como na estratégia de promoção do País que tem como mote o tema “Dez estádios, dez identidades”. Mais uma vez o Interior ficou no banco de suplentes. Teresa Cavaco considera o evento favorável também para o Interior. Com cerca de 500 milhões de pessoas de olhos postos em Portugal a partir de todo o mundo, “o Euro 2004 irá criar uma imagem favorável do País, para além de incrementar a procura turística no litoral e interior”, esclarece.
A assessora do Secretário de Estado do Turismo refere, com base num estudo feito em Barcelona para os Jogos Olímpicos, que “o Euro 2004 proporcionará 260 milhões de euros de receita turística directa e cerca de 180 a 260 milhões de euros adicionais ao longo dos seis anos subsequentes”.