Paulo Osório,
docente da Universidade da Beira Interior (UBI), publicou
recentemente “Antologia de Textos Medievais Portugueses
(Sécs. XII-XVI) – Textos Introdutórios,
organização e selecção”.”É
um conjunto de textos que compiliei para as aulas práticas
da disciplina de História da Língua Portuguesa,
uma cadeira anual [dividida em dois semestres] da licenciatura
de Língua e Cultura Portuguesas”, esclarece.
A obra destina-se essencialmente aos alunos. “O
livro está a ser utilizado nas aulas e os alunos
estão a gostar”, garante, tendo já
conhecimento de que “alunos de outras instituições
o estão a comprar”.
Os textos abarcam um período do galaico-português,
“em que o Português ainda não era tal
como o conhecemos hoje, e que, geograficamente, provêm
dos territórios que actualmente são a Galiza,
em Espanha, e o Noroeste do nosso País”,
conta.
Esta antologia “podia ser ainda mais completa, mas
isso acarretaria um volume maior, o que faria aumentar
o seu preço”, lamenta Paulo Osório.
“Antologia de Textos Medievais Portugueses (Sécs.
XII-XVI) – Textos Introdutórios, organização
e selecção” custa cerca de 8 euros,
“um valor bastante razoável”, considera.
O docente introduziu também dois artigos seus na
obra, “falando num deles da importância da
linguística histórica na formação
de um professor de Português”. No final do
livro, constituiu uma “bibliografia básica”
para a disciplina de História da Língua
Portuguesa.
A apresentação oficial dos livros de Paulo
Osório, a cargo de José Malaca Casteleiro,
vai decorrer no dia 29 de Abril no Pólo IV (Ernesto
Cruz) da UBI. O próximo livro a ser publicado resulta
da tese de mestrado do docente, onde se mostra “um
estudo sintáctico e axiológico de uma obra
medieval”. O seguinte é fruto da sua tese
de doutoramento, onde estuda “fenómenos sintácticos
e semânticos ao longo dos séculos XIV, XV
e XVI” e propõe “novas datas para uma
divisão linguística do Português”.
As duas novas obras são “também destinadas
aos alunos, porque podem ser usados como manuais durante
a licenciatura”, mas “podem ser lidos pelo
público universitário no geral”.
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