Tudo está, agora,
mais difícil. O Sporting da Covilhã perdeu
no Algarve, frente ao Portimonense e regressou à
última posição da tabela. A distância
para a linha de água é, agora, de dez pontos.
Uma marca difícil de superar tendo em atenção
que já só faltam 10 jornadas para o termo
da época.
No estádio algarvio o Covilhã tudo fez para
regressar a casa com um ou mais pontos. Mas, mais uma
vez, a falta de eficácia ofensiva foi determinante
para um resultado final que não espelha o que se
passou em campo. Depois de na última quarta-feira,
25, ter empatado a uma bola com o Feirense, em jogo atrasado
da 23ª jornada, a turma serrana apresentava-se no
Algarve com a difícil obrigação de
ter que vencer. Não só por precisar desesperadamente
dos pontos mas, essencialmente, porque o Portimonense
era um adversário directo na luta pela manutenção.
Com isto em mente, os “leões” orientados
por João Cavaleiro lançaram-se de “garras
afiadas” e “dentes arreganhados” ao
adversário. Controlaram o jogo, criaram as primeiras
oportunidades mas, para desespero do técnico, cometeram,
também, o primeiro erro da partida. E os de Portimão
aproveitaram da melhor forma. Marinho, aos 23 minutos,
inaugura o marcador numa das poucas – senão
a única – desatenção da defesa
serrana. Já três dias antes, na recepção
ao Feirense, a formação beirã pagaria
muito caro pelo único erro de Celso que saiu a
uma bola fora de tempo e permitiu o golo aos forasteiros.
No Algarve a história repetiu-se. De qualquer modo,
os covilhanenses não baixaram os braços.
Partiram novamente para cima do adversário à
procura de virar o resultado. Quase em tempo de intervalo,
Rui Andrade surge isolado na cara de Márcio Ramos
e tem nos pés a hipótese de devolver alguma
justiça ao marcador, mas o remate sai à
figura do guardião algarvio.
Manutenção em risco
No segundo tempo, João Cavaleiro lança Tarantini
em campo. O jovem junta-se a Oseias e Hermes numa tentativa
de alargar a frente de ataque. O meio-campo ficava desprovido
de Rui Andrade, mas, por enquanto, Bruno Caires chegava
para as encomendas, pelo que o Covilhã mantinha
a toada asfixiante da primeira metade. O Portimonense
não conseguia desenvolver jogadas de ataque, e
nem a entrada do brasileiro Edmilson veio ajudar. O Covilhã,
por seu lado, acampava ao largo da área de Márcio
Ramos, mas sem conseguir derrubar a muralha defensiva
construída por Dito. Piguita e Bruno Caires (de
livre) ainda estiveram perto do golo, mas os remates erraram
o alvo por poucos centímetros.
A meia-hora do final, o Covilhã começa,
porém, a perder o meio-campo, fruto da quebra física
de Bruno Caires. Cavaleiro aposta em novo reforço
do ataque e lança Ricardo Viola no lugar de Orlando,
mas apenas conseguiu refrescar a ala direita. O Covilhã
continuava a dominar, mas já não segurava
os algarvios lá atrás. Aliás, nos
últimos 15 minutos, a turma albi-negra conseguiu
soltar-se várias vezes, em duas ocasiões,
chegou a ameaçar dilatar o marcador, mas primeiro
é Edmilson a cabecear ao lado e, por fim, Artur
Jorge permite a defesa a Celso.
O Covilhã foi tentando até ao fim mas nunca
conseguiu criar situações de verdadeiro
embaraço para a equipa local. O resultado final
acaba por ser injusto para uma equipa que tudo fez para
regressar a casa com os três pontos. Neste momento
o Covilhã já está de regresso à
última posição, e vê a manutenção
muito mais longe. Um objectivo que, não sendo impossível,
está agora a uma distância considerável.
No balneário serrano ainda se acredita na permanência,
mas para isso, a equipa da Covilhã terá
que vencer, pelo menos, metade dos jogos que faltam. E
mesmo assim…
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