A Câmara Municipal
da Covilhã (CMC) decidiu eliminar os três
cinemas previstos para o Centro de Artes da Covilhã
como forma de reduzir os custos do empreendimento inicialmente
previstos para dois milhões e 300 mil contos. A
construção de cinemas no futuro centro comercial
da Sonae, no actual hipermercado Modelo, “Aumentava
a oferta e não assegurava a procura”, disse
Carlos Pinto, presidente da autarquia, que anunciou também
reduções do tamanho do palco e no equipamento
a instalar. “Chegamos à conclusão
que a versão inicial do Centro de Artes teria um
palco de 650 metros. Seria o maior palco do País
quando actualmente o maior tem pouco mais de 300 metros”,
realçou, sublinhando que também os equipamentos
técnicos previstos “eram a última
versão japonesa, que tem outras vertentes por metade
do preço”. O número de lugares da
sala de espectáculos inicialmente previsto para
800 pessoas foi reduzido para 600. “Queremos um
bom Centro de Artes, mas que seja realista”, afirmou
o edil garantindo que a reformulação reduz
o custo do empreendimento para um milhão e 700
mil contos. O projecto definitivo foi entregue na passada
sexta-feira no Ministério da Cultura e, na próxima
quinta feira, Carlos Pinto vai visitar os centros de artes
construídos em Bragança e Vila Real “para
constatar as diferenças”. O facto do Governo
permitir aos municípios a contracção
de empréstimos para a concretização
de obras com fundos comunitários abre novas perspectivas
para a obra arrancar ainda este ano “O que me preocupava
bastante era a parte financeira da autarquia. Mesmo que
fossem 25 ou 30 por cento sobre 5 milhões e tal
de euros era muito dinheiro, mas como agora o Governo
abriu a possibilidade de obtermos financiamentos para
as partes próprias dos municípios como complemento
dos fundos comunitários penso que por aí
temos o problema resolvido”. Agora, concluiu Carlos
Pinto, “esperamos que politicamente o ministro resolva
sobre a afectação de verbas” do Plano
Operacional da Cultura do ministério e da Direcção
Regional de Cultura do Centro porque “é dessa
montagem financeira que estão dependentes as obras”.
|