Por Daniel Sousa e Silva


O edil está confiante num início rápido das obras

A Câmara Municipal da Covilhã (CMC) decidiu eliminar os três cinemas previstos para o Centro de Artes da Covilhã como forma de reduzir os custos do empreendimento inicialmente previstos para dois milhões e 300 mil contos. A construção de cinemas no futuro centro comercial da Sonae, no actual hipermercado Modelo, “Aumentava a oferta e não assegurava a procura”, disse Carlos Pinto, presidente da autarquia, que anunciou também reduções do tamanho do palco e no equipamento a instalar. “Chegamos à conclusão que a versão inicial do Centro de Artes teria um palco de 650 metros. Seria o maior palco do País quando actualmente o maior tem pouco mais de 300 metros”, realçou, sublinhando que também os equipamentos técnicos previstos “eram a última versão japonesa, que tem outras vertentes por metade do preço”. O número de lugares da sala de espectáculos inicialmente previsto para 800 pessoas foi reduzido para 600. “Queremos um bom Centro de Artes, mas que seja realista”, afirmou o edil garantindo que a reformulação reduz o custo do empreendimento para um milhão e 700 mil contos. O projecto definitivo foi entregue na passada sexta-feira no Ministério da Cultura e, na próxima quinta feira, Carlos Pinto vai visitar os centros de artes construídos em Bragança e Vila Real “para constatar as diferenças”. O facto do Governo permitir aos municípios a contracção de empréstimos para a concretização de obras com fundos comunitários abre novas perspectivas para a obra arrancar ainda este ano “O que me preocupava bastante era a parte financeira da autarquia. Mesmo que fossem 25 ou 30 por cento sobre 5 milhões e tal de euros era muito dinheiro, mas como agora o Governo abriu a possibilidade de obtermos financiamentos para as partes próprias dos municípios como complemento dos fundos comunitários penso que por aí temos o problema resolvido”. Agora, concluiu Carlos Pinto, “esperamos que politicamente o ministro resolva sobre a afectação de verbas” do Plano Operacional da Cultura do ministério e da Direcção Regional de Cultura do Centro porque “é dessa montagem financeira que estão dependentes as obras”.