| O projecto SAMURAI 
                        – Serviços e Aplicações Multimédia 
                        em Ambiente Hospitalar, Universitário e Urbano, 
                        em desenvolvimento na UBI, está a mostrar trabalho 
                        realizado.Fernando Velez, um dos responsáveis do projecto, 
                        explica que se quis “criar um pequeno centro de 
                        investigação, em colaboração 
                        com o Departamento de Informática, no âmbito 
                        das comunicações móveis”.
 A UBI, através do Departamento de Electromecânica 
                        e da Faculdade de Ciências da Saúde, é 
                        a promotora do projecto, tendo como parceiros o Centro 
                        Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) e a Portugal Telecom 
                        Inovação.
 Os principais objectivos do SAMURAI consistem em criar 
                        e desenvolver aplicações multimédia 
                        móveis e sem fios adequados para a realização 
                        de tele-trabalho, e-learning e tele-medicina em ambiente 
                        universitário e hospitalar.
 O número de pessoas envolvidas no projecto situa-se 
                        entre as 20 e as 30. “Como se trata de um projecto 
                        aberto há pessoas que estão, em dados momentos, 
                        mais ligadas e depois mais afastadas”, conta Fernando 
                        Velez.
 O desenvolvimento do portal universitário de ensino 
                        é um dos principais alvos do projecto. A plataforma 
                        de e-learning pretende disponibilizar, como conta Anna 
                        Guerman, responsável por esta parte específica 
                        do SAMURAI, “produtos de ensino adaptados, com rigor, 
                        à especificidade de cada disciplina, os quais respeitem 
                        as diferenças e os ritmos de aprendizagem de cada 
                        aluno”.
 O portal vai disponibilizar material de apoio para utilização 
                        nas aulas, sebentas e sumários, a nível 
                        de conteúdos estáticos. Mas a sua grande 
                        inovação é “a existência 
                        de dinamismo” na utilização. Os exercícios 
                        acompanhados, consistem num conjunto de funcionalidades 
                        destinadas a uma metodologia on-line que permite ao aluno 
                        aprender os métodos de resolução 
                        de problemas recorrendo à ajuda de um “tutor 
                        virtual”. A elaboração deste tipo 
                        de conteúdos é mais vocacionado para disciplinas 
                        na área da matemática e engenharia.
 A licenciatura de Medicina da UBI é um exemplo 
                        do emprego das investigações do projecto. 
                        O presidente da Faculdade de Ciências da Saúde, 
                        João Queiroz, reconhece a importância do 
                        SAMURAI para o modelo pedagógico implantado em 
                        Medicina, baseado nas novas tecnologias e numa intranet 
                        com conteúdos de aprendizagem.
 “Quanto mais se optimizar a plataforma existente, 
                        em termos de interacção entre alunos e docentes 
                        e de aperfeiçoamento de formas de avaliação, 
                        mais proveitoso será para Medicina”, observa.
 
 
                         
                          |  Os médicos vão 
                              utilizar, no futuro, um aparelho de dimensões 
                              reduzidas |  
                              
                              
 Médicos com doentes no bolso
 |  Em colaboração com o CHCB, a equipa do 
                        projecto SAMURAI tem estudo a possibilidade de uso de 
                        um PDA (terminal móvel de Internet), para apoio 
                        à prática médica, como a monitorização 
                        de doentes e administração de medicação.A ideia é ter um controlo informático, através 
                        de uma técnica que consiste em atribuir um código 
                        de barras a cada doente, centralizando toda a informação 
                        da pessoa numa base de dados.
 “Hoje a gestão da medicação 
                        é feita através de um sistema de monitorização 
                        manual, com uma maior possibilidade de ocorrência 
                        de erros”, lembra Fernando Velez.
 Há um conjunto de aplicações que 
                        são já usadas no CHCB que podem ser incorporadas 
                        no sistema de monitorização informática, 
                        como, por exemplo, os resultados de exames podem ser inseridos 
                        na base de dados, “não havendo necessidade 
                        de se andar com papéis de um lado para outro e 
                        de o médico poder tomar conhecimento dos resultados 
                        a partir de qualquer terminal da base de dados.
 O objectivo do Hospital da Covilhã é, com 
                        base numa rede sem fios, que está prestes a ser 
                        instalada, permitir que para além de cada médico 
                        ou enfermeiro ter disponível uma série de 
                        aplicações e recursos na sua secretária, 
                        conseguir também levar essas funcionalidades no 
                        bolso dentro da área da rede sem fios.
 “A ideia é que na UBI as ideias sejam desenvolvidas 
                        e, depois, se faça a experiência no Hospital 
                        Pêro da Covilhã de aplicações 
                        específicas”, descreve.
 Tiago Lages, estagiou na UBI, a propósito do projecto, 
                        e está agora a trabalhar no Hospital com o intuito 
                        de preparar a instalação do sistema sem 
                        fios na totalidade das instalações da unidade 
                        hospitalar.
 As características físicas da estrutura 
                        do Hospital Pêro da Covilhã são, para 
                        Tiago Lages, “bastante heterogéneas”, 
                        aspecto que dificultou a esquematização 
                        da futura rede.
 A utilização deste tipo de tecnologia está 
                        planeada para entrar em funcionamento no CHCB ainda durante 
                        este ano, mas necessita de aprovação prévia 
                        do Instituto de Gestão Informática.
 “O desenvolvimento do projecto está dependente 
                        desta autorização, porque o investimento 
                        nas funcionalidades só será feito quando 
                        todos os problemas estiverem ultrapassados”, assegura 
                        Fernando Velez e, também, “para se beneficiar 
                        da existência de versões mais actuais e baratas 
                        e do know-how adquiridos no projecto”, adianta o 
                        investigador.
 
                         
                          |  |   Novo projecto é vocacionado para o deenvolvimento 
                              do e-learning
 |  Apesar do fim anunciado do SAMURAI em Novembro deste 
                        ano, a equipa já apresentou uma candidatura ao 
                        Programa Operacional Sociedade de Informação. 
                        O seu nome é SEMENTE – Sistemas e Métodos 
                        de Ensino usando Tecnologias da Informação 
                        Avançadas – e é mais virado para o 
                        desenvolvimento do e-learning. O SEMENTE “pretende 
                        tirar o máximo de proveito das tecnologias de informação 
                        disponíveis em resultados de projectos anteriores 
                        destes parceiros”, permitindo que as instituições 
                        ligadas ao ensino da Beira Interior “passem a oferecer 
                        um leque alargado de soluções de aprendizagem 
                        mais abrangente e completo, de forma a melhorar o nível 
                        de qualidade do ensino e da valorização 
                        pessoal e a combater as dificuldades e a exclusão 
                        das pessoas como necessidades especiais na comunidade 
                        escolar”. Numa fase posterior, vai-se procurar alcançar 
                        todos os graus de ensino e disponibilizar uma formação 
                        contínua e multidisciplinar ao público em 
                        geral, tendo como finalidade “a conciliação 
                        entre os métodos de ensino tradicionais e os novos 
                        métodos de formação por meios electrónicos, 
                        de forma a criar uma fusão entre ambos, atingindo-se 
                        como resultado uma plenitude de opções disponíveis 
                        para docentes e estudantes”. A proposta foi apresentada 
                        pela UBI, CHCB e Escola Secundária Campos Melo.
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