Castelo Branco
Consumo de droga aumenta no distrito
O consumo de droga
está a aumentar no distrito. Segundo Fernando Negrão,
presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência,
para combater o flagelo, é preciso prevenção,
sobretudo junto dos estabelecimentos de ensino. Cinco
concelhos assinaram protocolo para actuar nesse âmbito.
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Céu Lourenço
NC / Urbi et Orbi
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O Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT)
celebrou no dia 20 de Fevereiro no Salão Nobre
do Governo Civil de Castelo Branco, a assinatura dos protocolos
com cinco concelhos do distrito para a elaboração
dos planos municipais de prevenção primária
das toxicodependências. A par de Belmonte e Fundão
-pioneiros no distrito-, as autarquias de Castelo Branco,
Idanha-a-Nova e Vila de Rei adoptaram, pela primeira vez,
este ano, para os seus concelhos este projecto.
O presidente do IDT, Fernando Negrão lembra que
a droga "está na moda" e que "a
oferta funciona de acordo com o mercado". No entanto,
avança que "não podemos dissociar as
drogas ilícitas das denomindas lícitas".Para
combater este flagelo que tem causado inúmeras
preocupações à sociedade, Fernando
Negrão aponta o caminho da prevenção,
"não descuidando nunca os respectivos centros
de recuperação. Temos que continuar a investir
na área do tratamento, porque face ao elevado número
de pessoas atingidas por este problema, é necessário
tratá-las, sendo essa uma obrigação
da sociedade. No entanto há que evitar que o maior
número possível de jovens chegue a essa
fase".O presidente do IDT defende que na área
da prevenção primária "é
necessário envolver cada vez mais o maior número
de estruturas da sociedade. Por outro
lado, é preciso chamar as famílias à
gestão da cidade, para perceberem a importância
e a responsabilidade, que é educar os próprios
filhos, começando em casa e depois na própria
sociedade".
Fernando Negrão anuncia que o distrito de Castelo
Branco, "será o primeiro" em o que o
IDT vai promover uma acção de formação,
junto da PSP e GNR, com o objectivo de sensibilizar ainda
mais as forças de segurança, para a importância
da denominada "censura pedagógica, isto é,
censurar os consumos, mas na vertente de que quando necessário,
eles sejam encaminhados para os estabelecimentos de tratamento".
Relativamente à prevenção junto dos
estabelecimentos de ensino, o responsável pelo
IDT, revela que "estamos neste momento a concluir
as conversações com o ministério
da Educação para a assinatura de um protocolo,
destinado a uma intervenção sólida
e estruturada nas escolas".
Haxixe na linha da frente em
escolas
Outra das preocupações
do Instituto de Droga e Toxicodependência prende-se
sobretudo com o aumento do consumo do haxixe. "Preocupamo-nos
tanto com o consumo da heroína, que nos esquecemos
que havia outra droga que tem efeitos
preniciosos, principalmente naquilo que diz respeito ao
rendimento escolar, que é o haxixe. Agora é
necessário começar a combater esta situação
em termos de prevenção, nomeadamente no
meio escolar".Face à preocupação
manifestada por vários autarcas do distrito de
Castelo Branco, pelo aumento do consumo da droga, Fernando
Negrão defende que "neste momento já
não podemos estar a fazer diferenças entre
o Litoral e o
Interior do País, porque nos últimos anos,
o consumo de estupefacientes aumentou nesta região,
pelo que é preciso centrar a actuação
das entidades envolvidas na luta contra a droga, uma vez
que esta acabou por se disseminar por todo o território
nacional".
Por outro lado, e de acordo com Fernando Negrão
a proximidade do distrito de Castelo Branco com a fronteira
espanhola, "não traz problemas acrescidos".
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