O Grupo de montanha reclama uma sede para poder juntar a família de montanheiros
Montanhismo
Calendário para 2004 definido, mesmo sem apoios

Grupo de Montanha do CNM encerrou as actividades de 2003 com um passeio que juntou 80 pessoas. O calendário para 2004 já está definido, mas os responsáveis reclamam mais apoio.


Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi


A actividade de encerramento do calendário de 2003 do Grupo de Montanha do Clube Nacional de Montanhismo reuniu , no dia 15, cerca de 80 participantes. “Um número bonito e que vem contrariar o crescente apagamento do CNM”, comenta Carlos Tavares, um dos responsáveis pelo Grupo de Montanha. O passeio, com partida e chegada ao Sarzedo, com passagem pela Mata da Atalaia (antigo posto de vigia romano) e pelos Castros, “foi um sucesso”, no entender do montanheiro, que revela ter rejeitado muitas interessados pelo facto de as inscrições terem esgotado.
No final da caminhada, que terminou com um almoço confeccionado por elementos do Grupo, foi ainda lançada a revista com o calendário de actividades para este ano. Numa altura em que o CNM caminha para o 51º aniversário, Carlos Tavares frisa que os eventos agendados para a próxima temporada vão continuar a festejar as bodas de ouro da colectividade “uma das mais emblemáticas da cidade da Covilhã”, defende. É que, no seu entender, os 50 anos do CNM “não foram suficientemente divulgados nem convenientemente comemorados”. A falta de apoios para o clube foi, no seu entender a principal razão, mas Tavares aponta ainda a falta de uma sede para o crescente abandono e desprestígio de que o clube tem sido vítima. Ter uma casa própria, assevera o montanheiro, “é essencial para que a família, que anda dispersa, se volte a reunir, porque assim é difícil”. De qualquer modo, assegura, “o clube e o Grupo de Montanha não vão parar, nem que seja necessário continuar a reunir em cafés”.
Carlos Tavares, um dos principais impulsionadores do montanhismo na cidade e na região, queixa-se ainda do estado da modalidade no País. Os apoios são cada vez menos, “ainda por cima quando há duas federações”. O problema, diz, “é que andam em guerrinhas uma com a outra e esquecem o essencial. Não levam a sério o montanhismo nem os montanheiros e a modalidade começa a ficar desacreditada”.
Quanto à próxima época, as actividades vão ser mais ou menos as mesmas que no ano passado, com o acerto das respectivas datas. Assim, a primeira realiza-se já no domingo, 14 de Março, com a caminhada “Cidades e Vilas”, com partida e chegada na Rosa Negra, e passagens pela Quinta do Alçada, Picoto, Pedra do Urso e Porta dos Hermínios. No Mesmo mês, mas no dia 27, sábado, realiza-se uma das mais emblemáticas provas do CNM, a Marcha Nocturna Invernal, que parte do Pelourinho da Covilhã e só pára na Torre, a quase dois mil metros de altitude.