Com os actuais recursos,
o Programa Polis só pode suportar a construção
de uma das três pontes pedonais projectadas para
a cidade. A prioridade foi dada à travessia sobre
a Ribeira da Carpinteira, entre a zona das Piscinas Municipais,
nos Penedos Altos, e a Rua Marquês d’Ávila
e Bolama.
Em declarações ao Notícias da Covilhã,
João Esgalhado, vereador da autarquia e responsável
pelo Polis na Covilhã, admitia já a construção
de apenas duas das três pontes devido aos constantes
reajustamentos do orçamento do Programa. Obras
que custariam cerca de quatro milhões de euros.
No dia 13, porém, o presidente da Câmara,
adiantou que só há dinheiro disponível
para iniciar os trabalhos de uma delas e, “se a
empreitada não exceder muito a base de licitação
(cerca de um milhão e 500 mil euros)”. Ou
seja, ainda não é certo que, mesmo esta,
venha a ser construída. Recorde-se que a ponte,
concebida por Carrilho da Graça e Adão da
Fonseca, com 250 metros de extensão e 40 de altura,
é uma das maiores travessias pedonais do mundo
e tem arranque previsto para o segundo semestre deste
ano.
Quanto às restantes duas, Carlos Pinto deixa antever
que já não serão para este mandato:
“Quem estiver na Câmara e no Polis em 2006
saberá como encontrar recursos para as concluir”.
Para o autarca, “estas seriam obras a integrar,
com outras intervenções, um bom Polis II.
Mas para isso era preciso mais dinheiro”.
De resto, Pinto acredita que “da actual programação
do Polis, tudo estará concluído em 2005”.
As obras no Rossio do Rato e na zona da ponte Martin-in-colo
continuam “a bom ritmo”, e o Jardim do Lago
tem inauguração prevista para 20 de Outubro,
o Dia da Cidade.
Entretanto, a transferência de verbas para o Polis,
referentes a 2004, já foi regularizada pelo Governo.
Três milhões de euros que, com vários
meses de atraso, chegam “em boa hora”. Carlos
Pinto, que já ameaçara “suspender”
algumas obras, uma vez que era a tesouraria da Câmara
que assegurava a sua continuidade, mostra-se agora mais
satisfeito. O edil afirma sentir-se, agora, mais à
vontade para prosseguir com os trabalhos “porque
já há condições para cumprir
os compromissos com os empreiteiros”, mas deixa
um apelo para que a situação não
se repita este ano: “Que não seja preciso
esperar por 2005 para receber o que precisamos em 2004”.
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