A Secção
Regional Sul (SRS)e a delegação do distrito
de Castelo Branco da Ordem dos Arquitectos, promoveram
na sexta-feira, 6 de Fevereiro, no auditório da
Escola Superior de Educação de Castelo Branco,
uma jornada de comunicações e debate subordinada
ao tema "Que fazer com o novo Mapa Administrativo
do País?"
O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco
começou por recordar que "aquilo que hoje
temos são as freguesias e os municípios
e não
podemos esquecer que a Constituição prevê
regiões que não foram feitas".
Relativamente à descentralização,
Joaquim Morão lamenta que seja apenas um tema de
conversa, já que entende que não existe.
No que diz respeito ao novo mapa administrativo, o autarca
questiona "como nos vamos orientando para resolver
as questões", e cita o exemplo de Castelo
Branco, que "relativamente às aguas, não
podemos dentralizar este sector para ninguém, porque
já existe a empresa Águas do Centro que
resolve o problema desde Castelo Branco até Tomar.
Na área dos resíduos temos uma empresa que
os trata. No sector do turismo, há uma empresa
que trata daquilo que tem a ver com esta área.
Relativamente à Igreja Católica, temos a
diocese de Portalegre e Castelo Branco. O Tribunal Administrativo
compreende Portalegre, Castelo Branco e Guarda".
Perante este cenário, questiona "o que é
que as novas comunidades urbanas vão fazer?".
O edil albicastrense considera que "só poderão
funcionar estas comunidades se tiverem entre si uma grande
indentidade e solidariedade", acrescentando a propósito
quando se fala na união entre a Guarda e Castelo
Branco "a Guarda já assumiu publicamente que
não quer nada connosco, o mesmo acontecendo com
Castelo Branco, que tem muita dificuldade nessa concretização",
defendendo que para cumprir a lei das comunidades urbanas
"devemos ter como base o distrito de Castelo Branco,
e rumarmos até onde for possível, mas sempre
a pensar na identificação e na solidariedade",
sublinha o edil.
Paulo Pais, presidente da SRS da Ordem dos Arquitectos
considerou que "para que este processo possa ter
sucesso é necessário a articulação
estratégica de agentes privados e públicos,
num quadro de absoluta
transparência. No sector público será
necessário introduzir o conceito de
estabilidade de políticas urbanas, contratualizando
a sua concretização
entre os vários níveis de decisão
nacional, regional e municipal", nesse
sentido, acrescenta que "as bases da política
de ordenamento do território
instituídas pela lei nº 48/98 de 11 de Agosto
e toda a legislação subsquente que enquadra
o regime de elaboração, aprovação,
execução e avaliação dos instrumentos
de gestão territorial, preveêm três
instâncias de planeamento territorial: nacional,
regional e municipal".
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