Oseias volta a marcar. mais uma vez o brasileiro foi decisivo e garantiu três pontos para a turma serrana
Liga de Honra
Covilhã entrega “lanterna vermelha” nos Açores

Os “leões da Serra” conquistam primeira vitória fora de casa e entregam a “lanterna vermelha” ao União da Madeira. Um triunfo que coloca a turma serrana a seis pontos da manutenção.


NC/Urbi et Orbi


E à 21ª jornada o Sporting da Covilhã abandona o último lugar da tabela. No domingo, no Estádio de S. Miguel, nos Açores, os serranos bateram o pé ao Santa Clara e conquistaram o primeiro triunfo da época fora do Santos Pinto. Numa partida onde era imperativo pontuar, Cavaleiro voltou a apostar num onze que privilegia a defesa, mas que não descura o ataque, com três homens de características mais ofensivas (Hermes, Tarantini e Oseias).
Desde cedo se adivinhou a tendência do jogo. Com um meio-campo consistente, reforçado pela experiência e classe de Bruno Caires, o Covilhã “matava” as iniciativas atacantes dos insulares à nascença, e desobrigava os avançados de missões de recuperação de bola. Resultado: o Covilhã conseguia manter o trio atacante no terço mais avançado do terreno, complicando a vida aos centrais encarnados.
O primeiro sinal de perigo foi dado por Tarantini aos 13 minutos. O avançado português, servido por Oseias, surge no centro da área, mas cabeceia ao lado. O ponta-de-lança brasileiro volta a estar em destaque poucos minutos depois, desta vez com um passe para a cabeça do compatriota Hermes, que não consegue fazer melhor que Tarantini minutos antes, e também cabeceia a poucos centímetros do poste de Jorge Silva.
A tarde era mesmo do Covilhã, que cresceu, dominou e, por várias vezes, semeou o pânico na linha mais recuada da turma da casa. O Santa Clara demorou a reagir e só à passagem da meia-hora conseguiu incomodar a defensiva serrana. Portela, que antes quase fazia auto-golo, subiu no terreno e encheu o pé, mas o remate nem deu trabalho a Celso.

Segunda parte sem Bruno Caires

Ao intervalo, João Cavaleiro vê-se obrigado a deixar Bruno Caires nos balneários devido a lesão. Mas o meio-campo, agora com Orlando, nem se ressentiu da mudança. O Covilhã continuou a mandar no jogo e a acreditar na conquista dos três pontos. Exemplo disso foi a jogada fantástica de Rui Andrade, sete minutos após o recomeço. O médio pegou na bola no meio campo, avançou no terreno, deixou para trás três adversários e só a intervenção atempada de um central insular, que desviou o remate para a linha de fundo, evitou o primeiro golo da partida.
Pouco depois, Tarantini volta a ter o golo nos pés mas, sob pressão, não consegue dar a melhor direcção à bola, que sai à figura de Jorge Silva.
Filipe Moreira, técnico dos açoreanos, mexe, então, na equipa e o Santa Clara volta a entrar no jogo, aproveitando também um certo desgaste que se começava a notar nas fileiras serranas. Mais pressionante e aguerrido, com Tiago Martins no comando das operações, o conjunto da casa passa a controlar o jogo e durante cerca de 10 minutos encosta os visitantes à sua grande-área. Foram momentos de sufoco para os covilhanenses, que ainda viram o poste da baliza de Celso “defender” um remate de Tiago.
Mas o Covilhã haveria de se recompor. A turma de Cavaleiro volta a equilibrar as operações e, a dois minutos do fim, “dá o golpe” na equipa insular. Oseias, servido por Tarantini na meia-lua, remata forte e colocado sem hipóteses de defesa para Jorge Silva. Um golo muito festejado e que acabaria por garantir a primeira vitória fora de portas.
Com este resultado, e mercê dos empates da União com o Marco e da Ovarense com o Leixões, os “leões” saem da última posição e colocam-se a acessíveis seis pontos da linha de água.