Minim.Mal Show
Minim.Mal Show encerra, tal como indica o título,
muitas perguntas:
Um espectáculo mínimo?
Um mau efeito minimalista?
Uma amostra mínima do comportamento animal?
É tudo isso e o seu contrário, porque –
acima de tudo - Minim.Mal Show é um jogo teatral
que, partindo das premissas e regras da arte minimalista,
vai crescendo, sequência a sequência, para
contornos como um qualquer signo que se reflecte sobre
um cenário, igual ao que ocorre sobre o cenário
da vida, é susceptível de desvendar os seus
significados. Quarenta e uma sequências representadas
por cinco personagens, três homens e duas mulheres.
Todos eles jovens, todos eles com um toque de distinção,
de aparente “glamour”, como se estivesses
numa passarela de moda, desfilam perante o espectador
e mostram a sua trivialidade. Cada pose é uma fugaz
história que nos fala de encontros e desencontros.
E de desenlaces inesperados. Humor, erotismo, absurdo,
um simples cumprimento pode uma catástrofe. Um
beijo, a morte.
A estrutura dramática rompe os esquemas tradicionais
dos “sketches” ordenados. Os subtis processo
semióticos e temáticos articulam uma rede
de semsetidos, de forma a que o mesmo gesto, a mesma acção,
a mesma palavra, pode adquirir um tom cómico ou
trágico, como a vida em si vista através
de um caleidoscópio que se empenha em desfazer
o previsível e, dependendo dos gostos, convertemos
uma coisa em todo o seu contrário.
Algo grande, por exemplo, como deveriam ser as relações
humanas, em algo mínimo. A vida é um Mal
Show Mínimo. É o Minim.Mal Show.
Aula de Teatro de la
Universidad de Alicante
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