António Fidalgo

Um modo de ser


Celebramos o quarto aniversário do Urbi et Orbi, o nosso jornal online. E celebramo-lo também porque é o nosso modo de ser universitários. Se algo caracteriza a universidade é o espírito de abertura permanente, a vontade de aprender e saber mais e mais, e de difundir e de dar conta desse saber que se vai adquirindo. Ora o Urbi noticia o que se passa na UBI, aos que nela trabalham e aos que, estando longe, se interessam pelo que acontece e pelo que se faz nela.
O Urbi poderia ter sido uma iniciativa esgotada ao fim de alguns números, ou de alguns meses, aliás como acontece com muitos projectos que, lançados com entusiasmo, definham e desaparecem à medida que as dificuldades surgem e que aparecem novas atracções. Felizmente o Urbi continua com a mesma energia com que foi lançado, só que agora com muito mais experiência. A versão mensal impressa veio ainda dar mais alento para que o Urbi publique o que de noticiável se passa na UBI. Todos lucram, os que são objecto de notícias e os que lêem essas notícias. É sabendo uns dos outros, vivendo as coisas como comuns, que se cria uma comunidade, a comunidade universitária.
O modo de ser que o Urbi representa é ainda a persistência de ir juntando cada semana mais uma edição às edições anteriores. Cada edição nos torna mais experientes e mais fortes. Certamente não é grande obra fazer a edição de um pequeno jornal online. Qualquer escola, qualquer departamento de jornalismo, poderia fazer o que o Departamento de Comunicação e Artes da UBI faz: colocar online um jornal. O difícil, e isso toda a gente o sabe, é manter semana após semana, mês após mês, o ritmo de uma nova edição todas as semanas. É a estratégia do grão a grão. Persistentemente, pouco a pouco, continuamente, criamos a universidade em que trabalhamos e com que sonhamos. É neste trabalho entre o que já somos e que ainda não somos, mas que queremos ser, que o Urbi entra como uma peça de construção de uma universidade de qualidade. Obra de anos, sem dúvida, mas que passa indubitavelmente pelos pequenos passos de quem quer ir longe.
É altura de agradecer a todos os que ajudam o Urbi a ficar online todas as terças feiras de manhã. De lembrar em particular os chefes de redacção anteriores e o actual, a Catarina Moura, a Raquel, a Ana Maria, a Catarina Rodrigues, e agora o Daniel, a quem cabe o trabalho mais duro, e que passaram muitas noites de segunda para terça feira no Labcom a ultimar o jornal. De agradecer também às sucessivas levas de alunos que foram escrevendo o jornal semana a semana. O Urbi, e será sempre bom lembrá-lo, é fundamentalmente um jornal de estudantes de jornalismo, e que constitui talvez o laboratório mais vivo e real da UBI. De agradecer aos sub-directores, Anabela Gradim e João Canavilhas. E de agradecer ao Reitor Santos Silva que tem sabido acarinhar este jornal de bits, dando-lhe o necessário apoio financeiro.
Mas é também altura de ter orgulho no trabalho feito. É que com ele temos feito também a universidade que é nossa e temo-la prestigiado “urbi et orbi”.