Luís Baptista-Martins*

Na dianteira


O ano 2000 foi de grande dinâmica no mundo da comunicação on-line. Muitos foram os jornais que nesse ano adoptaram o suporte digital para editar informação. Foi um período de grande despertar para as novas tecnologias.
No ano anterior apareceram em Portugal os primeiros jornais na “rede”. O “Diário Digital”, nascido em 1999, e o “Portugal Diário”, nascido em 2000, afirmaram-se ao longo desse ano como os mais importantes diários de informação geral com suporte exclusivamente digital.
Foi também em 2000 que nasceu o Urbi@Orbi. Sem qualquer estigma assumiu a vanguarda desde o interior. O Urbi@Orbi é mais um exemplo de como é possível fazer e saber fazer mesmo quando se está apartado dos grandes centros. A maioria dos que trabalham e estudam na UBI foi conquistada pelo seu jornal on-line.
O período inicial da vida do Urtbi@Orbi coincidiu com a adesão de grande parte da imprensa às edições on-line. Os principais jornais portugueses criaram as suas edições digitais. A rapidez da mutação foi extraordinária e muita gente passou a afirmar que a imprensa com suporte em papel tinha os dias contados. Muitos foram os visionários que afirmaram que a Internet iria destruir os “velhos” jornais em meia dúzia de anos. Mas essa era a ideia que se burilava em 2000. Hoje a perspectiva é bem diferente.
Os jornais regeneraram-se e recuperam os níveis de audiência. Os jornais digitais continuam a crescer, mas o facto de, cada vez mais, os seus conteúdos serem pagos levou a uma inflexão na sua atractibilidade. Por outro lado, ainda não chega aos trinta por cento o número de portugueses com acesso à banda larga. O número de computadores nos lares portugueses generalizou-se, mas ainda não massificou.
No campus universitário a dimensão das edições digitais é, obviamente, bem maior. A UBI não é excepção. Hoje, a sua leitura é uma necessidade para conhecer o dia-a-dia da universidade, doravante poderá ser mais um contributo para afirmação de uma universidade que, desde o sopé da Serra, expressa a sua qualidade cada vez mais longe. Estão pois de parabéns todos aqueles que, seguramente de forma abnegada, se dedicaram a fazer – e a fazer bem – o Urbi et Orbi.


*director d’O Interior