joão Leite manteve um ambiente
informal e de debate
|
Seminário
de gestão empresarial
Mudança está
na forma de percepção
A Associação
Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, em
conjunto com a Universidade da Beira Interior, mostraram
a empresários da região algumas fórmulas
de combate à resistência à mudança.
|
Por Daniel
Sousa e Silva
|
|
|
A UBI acolheu na passada
sexta feira, 6, um seminário intitulado “Resistência
à Mudança e Cooperação Empresarial”
dirigido, principalmente, a empresários da região.
“Uma das mudanças a que não queremos
resistir é a de parcerias, cooperações
entre instituições, empresas, empresários,
a sociedade de uma forma geral”, diz Miguel Lopes
Bernardo, presidente da Associação Empresarial
da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), a propósito
da organização conjunta do seminário
pelo AECBP e UBI..
João leite, orador convidado e especialista em Economia,
começa por questionar o público, gestores
na sua maioria, o que é a resistência, se realmente
existe.
Leite trouxe o seu testemunho a propósito da formação
de PME’s (Pequenas e Médias Empresas). “Pretendo
mostrar algumas reflexões com casos mais próximos
e quotidianos do que os de estudos intensivos”.
O orador cita Mark Twain para evidenciar que o que surge
de forma natural é sempre melhor aprendido do que
o forçado. “Se as pessoas aprendessem a andar
e a falr como se aprende na escola, provavelmente iríamos
ter um mundo de gagos e coxos.”
A resistência à mudança, de acordo com
João Leite, “tem a ver com uma nova aprendizagem,
deixar hábitos para trás e reaprender”.
A partir da sua experiência, Leite acredita existirem
seis princípios norteadores da mudança. O
primeiro está relacionado com a identificação
do problema, já que “é o que está
na base do desenvolvimento e mudança”. A “cultura
da participação” é o segundo
principio defendendo que o desenvolvimento “não
se faz às pessoas, mas com as pessoas”. João
Leite utiliza uma frase do célebre Walt Disney para
ilustrar este princípio: ”Se nós não
envolvermos os nossos colaboradores, eles irão tornar-se
funcionários”, vaticina.
Em terceiro lugar, o economista fala de ideias e da sua
falta de expressividade no ensino da gestão, porque,
na sua opinião, a ideia “é a matéria-prima
da mudança”.
O quarto principio de desenvolvimento é mostrado
em forma de analogia. “A mudança é como
uma nota musical, tem de ser tocada em conjunto”,
disse.
A mudança deve “começar de cima para
baixo e dentro para fora”. Este é o quinto
princípio apresentado por João Leite, lembrando
que a mudança “tem muito a ver com a sua percepção”,
dando exemplos da adopção de uma linguagem
comum dentro da empresa ou de práticas distintivas
como exemplos simples da teoria enunciada.
A sexta e última concepção está
relacionada com “ver quadro geral”. Para João
Leite, “não é possível agir localmente,
sem estar atento ao que se passa globalmente”.
|
|
|