O Sporting da Covilhã
está agora a ver a luta pela manutenção
mais de perto. Os serranos venceram o Salgueiros por 3-2
e estão mais perto de entregar a “lanterna
vermelha”. Num jogo atípico, que começou
por ser adiado para segunda-feira devido ao nevoeiro que
se abateu sobre o Santos Pinto na tarde de domingo, o Covilhã
entrou praticamente a perder. Aos seis minutos Fábio,
o melhor artilheiro da Liga de Honra, inaugurava o marcador
para os forasteiros sem que a sua equipa tenha feito muito
por isso. Aliás, o golo surge mais por demérito
dos defesas leoninos, muito lentos a aliviar a bola da área,
do que por mérito dos avançados salgueiristas.
Depois do golo o conjunto nortenho “tira o pé”.
Dá a iniciativa atacante ao Covilhã e joga
na expectativa, a defender a vantagem. Erro crasso. O Covilhã
cresce e acredita. Embora não consiga ultrapassar
o sector defensivo montado por Norton de Matos. Cavaleiro
faz, então, entrar Tarantini. O jovem avançado
volta a ser a arma secreta dos leões e, cinco minutos
depois de entrar em campo, restabelece a igualdade. Uma
jogada fantástica, rara no relvado do Santos Pinto,
com o dedo do estreante Bruno Caires. O médio lança
na esquerda para Hermes, o brasileiro “abre as pernas”,
deixa para Trindade e o capitão cruza para a entrada
triunfal de Tarantini que cabeceia fora do alcance de Paulo
Lopes. O intervalo chegaria pouco depois e o Salgueiros
nem tempo teve de reagir. Reforços estreiam-se
com “pé direito”
A segunda metade foi jogada a três tempos. O nevoeiro
que no dia anterior tinha adiado o encontro, regressou
e, por momentos ameaçou repetir a gracinha. Aos
seis minutos a partida foi interrompida e só um
quarto de hora mais tarde foi retomada. A paragem acabou
por ser benéfica para os covilhanenses. Logo no
reatar do encontro, aos 54 minutos, o Covilhã chega
à vantagem com um golo do central Gérson
na sequência de um canto. O caboverdiano aproveitou
a confusão generalizada na área e só
teve que empurrar para o fundo da baliza depois de um
primeiro remate de Tarantini.
Apenas um par de minutos volvidos e nova explosão
de alegria nas bancadas do Santos Pinto – pelo menos
para quem viu, porque o nevoeiro regressava outra vez
dificultando a visibilidade dos pontos mais afastados
do relvado. Desta vez foi Oseias a fazer o gosto ao pé,
com a “ajuda” acidental de Paulo Lopes. O
ponta-de-lança recebe do compatriota Hermes e,
à meia volta, remata em arco ao poste direito do
guardião de paranhos. A bola acaba por embater
no poste e ressaltar nas costas de Paulo Lopes para dentro
da baliza. Estava confirmada uma vitória que ainda
podia ter sido mais dilatada não fosse Tarantini
desperdiçar uma oportunidade flagrante frente ao
guarda-redes adversário - já depois da segunda
interrupção na partida por causa do nevoeiro.
Já perto do final o Salgueiros ainda acreditou
que poderia levar pontos da Covilhã. Vargas reduziu
para 3-2, mas já era demasiado tarde para a turma
da cidade do Porto.
Apesar de não ter apontado qualquer golo, o homem
da partida acaba por ser Hermes. O brasileiro está
em excelente momento de forma e foi o motor que impeliu
o Covilhã para o ataque. No meio-campo Bruno Caires
teve uma boa estreia e alinhou os 90 minutos – Flávio
também alinhou mas apenas por oito minutos. De
resto, e apesar de se notar que ainda não está
a cem por cento, o médio ex-Sporting, foi fundamental
na retenção de bola a meio-campo e libertou
Anky e Rui Andrade – que bela exibição
– para outras missões.
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