Orlando em progressão tenta levar o Covilhã para o ataque. Mas só depois da sua saída (39) a equipa marcou
Liga de Honra
Vitória a três tempos

Os primeiros fogos melhorados pelo projecto "Grão a Grão" foram entregues aos seus proprietários. Melhorar as condições de vida sem necessidade de realojamentos e deslocação de pessoas é uma vantagem desta iniciativa pioneira.


Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi


O Sporting da Covilhã está agora a ver a luta pela manutenção mais de perto. Os serranos venceram o Salgueiros por 3-2 e estão mais perto de entregar a “lanterna vermelha”. Num jogo atípico, que começou por ser adiado para segunda-feira devido ao nevoeiro que se abateu sobre o Santos Pinto na tarde de domingo, o Covilhã entrou praticamente a perder. Aos seis minutos Fábio, o melhor artilheiro da Liga de Honra, inaugurava o marcador para os forasteiros sem que a sua equipa tenha feito muito por isso. Aliás, o golo surge mais por demérito dos defesas leoninos, muito lentos a aliviar a bola da área, do que por mérito dos avançados salgueiristas.
Depois do golo o conjunto nortenho “tira o pé”. Dá a iniciativa atacante ao Covilhã e joga na expectativa, a defender a vantagem. Erro crasso. O Covilhã cresce e acredita. Embora não consiga ultrapassar o sector defensivo montado por Norton de Matos. Cavaleiro faz, então, entrar Tarantini. O jovem avançado volta a ser a arma secreta dos leões e, cinco minutos depois de entrar em campo, restabelece a igualdade. Uma jogada fantástica, rara no relvado do Santos Pinto, com o dedo do estreante Bruno Caires. O médio lança na esquerda para Hermes, o brasileiro “abre as pernas”, deixa para Trindade e o capitão cruza para a entrada triunfal de Tarantini que cabeceia fora do alcance de Paulo Lopes. O intervalo chegaria pouco depois e o Salgueiros nem tempo teve de reagir.

Reforços estreiam-se com “pé direito”

A segunda metade foi jogada a três tempos. O nevoeiro que no dia anterior tinha adiado o encontro, regressou e, por momentos ameaçou repetir a gracinha. Aos seis minutos a partida foi interrompida e só um quarto de hora mais tarde foi retomada. A paragem acabou por ser benéfica para os covilhanenses. Logo no reatar do encontro, aos 54 minutos, o Covilhã chega à vantagem com um golo do central Gérson na sequência de um canto. O caboverdiano aproveitou a confusão generalizada na área e só teve que empurrar para o fundo da baliza depois de um primeiro remate de Tarantini.
Apenas um par de minutos volvidos e nova explosão de alegria nas bancadas do Santos Pinto – pelo menos para quem viu, porque o nevoeiro regressava outra vez dificultando a visibilidade dos pontos mais afastados do relvado. Desta vez foi Oseias a fazer o gosto ao pé, com a “ajuda” acidental de Paulo Lopes. O ponta-de-lança recebe do compatriota Hermes e, à meia volta, remata em arco ao poste direito do guardião de paranhos. A bola acaba por embater no poste e ressaltar nas costas de Paulo Lopes para dentro da baliza. Estava confirmada uma vitória que ainda podia ter sido mais dilatada não fosse Tarantini desperdiçar uma oportunidade flagrante frente ao guarda-redes adversário - já depois da segunda interrupção na partida por causa do nevoeiro.
Já perto do final o Salgueiros ainda acreditou que poderia levar pontos da Covilhã. Vargas reduziu para 3-2, mas já era demasiado tarde para a turma da cidade do Porto.
Apesar de não ter apontado qualquer golo, o homem da partida acaba por ser Hermes. O brasileiro está em excelente momento de forma e foi o motor que impeliu o Covilhã para o ataque. No meio-campo Bruno Caires teve uma boa estreia e alinhou os 90 minutos – Flávio também alinhou mas apenas por oito minutos. De resto, e apesar de se notar que ainda não está a cem por cento, o médio ex-Sporting, foi fundamental na retenção de bola a meio-campo e libertou Anky e Rui Andrade – que bela exibição – para outras missões.