Começaram esta
semana os trabalhos de limpeza e desassoreamento dos leitos
das Ribeiras da Covilhã. A obra, adjudicada à
empresa Azinheiro – Sociedade de Construção,
vai custar cerca de um milhão e 100 mil euros e
estava há algum tempo à espera de resposta
do Ministério do Ambiente.
A primeira a ser intervencionada é a da Goldra,
e de seguida, a equipa que procede aos trabalhos muda-se
para as ribeiras da Carpinteira e da Flandres. Os trabalhos,
agora que o processo de despoluição está
concluído, incluem a desmatação do
coroamento dos muros, regularização dos
taludes, limpeza do leito e reconstrução
dos muros em alvenaria de pedra numa extensão total
de sete mil e 500 metros lineares.
Depois de efectuados estes trabalhos, adianta Carlos Pinto,
vão ser criados pequenos taludes por forma a criar
espelhos de água, e introduzidas algumas espécies
de peixes. Finalmente, adianta o presidente da Câmara,
“vai ser cumprido o sonho de gerações
de covilhanenses de se transformar as ribeiras em pólos
ambientais de qualidade”.
Novas ETAR’s em 2006
Já concluído está o processo de
despoluição, que rondou os dois milhões
de euros. Onde antes eram feitas as descargas sem qualquer
tratamento já foram construídos os respectivos
emissários. A única coisa em falta são
“pequenas obras de reparação numa
ETAR que a Universidade tem no sub-solo, junto à
Goldra, e que estará a verter”, refere o
autarca. Os emissários vão desaguar a jusante
do futuro Jardim do Lago, e serão depois conduzidos
para uma das duas ETAR’s a construir na zona da
Várzea e no Parque Industrial do Tortosendo. Duas
obras já adjudicadas e que a autarquia quer ver
iniciadas ainda antes do Verão. Para tal o contrato
com a empresa vai ser enviado ao Ministério do
Ambiente, que terá que autorizar a respectiva celebração.
Carlos Pinto adianta que os trabalhos vão ter a
duração de um ano pelo que, espera, “em
2006 a Covilhã terá todos os esgotos tratados”.
O edil acredita que a cidade será uma das primeiras
do País a “fechar o ciclo no que diz respeito
ao saneamento básico”. “Muito antes
de qualquer município que aderiu à Águas
do Zêzere e Côa”, sublinha. Inicialmente
o projecto previa mais uma Estação de Tratamento
de Águas, mas a empresa responsável pela
obra apresentou uma solução “mais
económica e mais rentável, que afecta menos
a carteira do consumidor”. De qualquer modo, garante
o autarca, “As duas novas ETAR’s, em conjunto
com a já existente na Boidobra, são suficientes
mesmo que a população da Covilhã
venha a duplicar”.
Câmara
continua à espera de dinheiro do Polis
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“Ainda não há sinal
de transferência de verbas para o
Polis”. Carlos Pinto, presidente da
Câmara da Covilhã, assim como
congéneres seus nos municípios
abrangidos pelo Programa, continuam “à
espera que o Governo cumpra os compromissos
que assumiu e que estão escritos”.
No caso da “cidade neve” o montante
em falta ascende já a cerca de três
milhões e 500 mil euros. “Está
a ser um sufoco”, desabafa o autarca,
que adianta que é a tesouraria do
município que “tem estado a
dar resposta às necessidades dos
empreiteiros”. Pinto admite “todas
as possibilidades” inclusivé
a paragem de alguma obra, mas sublinha que
“a Câmara tudo está a
fazer para que isso não venha a acontecer”.
Em reunião com o ministro do Ambiente
e secretário de Estado das Finanças
em Janeiro último, foi assegurado
ao edil serrano que as transferências
seriam feitas em Fevereiro, mas até
agora ainda não houve qualquer desenvolvimento.
Resta, diz, “esperar”.
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