A UBI encontra-se envolvida
no projecto ReAdapt – Rede para o Desenvolvimento
Económico e Social do Concelho da Covilhã,
financiado pelo programa europeu Equal. O apoio financeiro
deste programa resultou na criação do Observatório
de Desenvolvimento Económico e Social (ODES). O projecto
tem uma componente internacional que já levou à
organização de jornadas de trabalho em Itália,
Espanha e Inglaterra.
Desta vez, o local escolhido foi a Covilhã. O seminário
decorreu nos dias 29 e 30 de Janeiro.
José Pires Manso, responsável pelo ODES, refere
que o seminário “correu muito bem”, tendo
sido essa a impressão que lhe têm transmitido
“outras pessoas ligadas ao projecto”.
Os momentos altos do primeiro dia, que decorreu no pavilhão
da Associação Nacional da Indústria
dos Lanifícios (ANIL), de acordo com Pires Manso,
foram a apresentação da marca SOBERBIA, em
que se mostraram os resultados da experiência de cooperação
entre empresas de vestuário em Castilla La Mancha
(Espanha), por Juan Gualda, presidente da Federação
de Empresas de Economia Social, e da marca MGlass, um caso
de sucesso de cooperação empresarial no sector
vidreiro. “Foi extremamente interessante”, considera.
O segundo e último dia de seminário internacional
começou com uma exposição por parte
de Pires Manso dos feitos do ODES e principais objectivos
futuros.
O objectivo do Observatório, segundo Pires Manso,
é “recolher e tratar informação
económica da Beira Interior. Como exemplo de acções
já realizadas e em curso pelo ODES, Pires Manso aponta
“as reuniões mensais com todos os parceiros”
e a construção de um “barómetro
laboral”, através de inquéritos a trabalhadores,
e outro “empresarial”, com inquéritos
dirigidos às empresas de lanifícios e confecções
da região.
Entre os parceiros do ODES estão a UBI, a Câmara
da Covilhã, a ANIL, o CILAN, o CIVEC, e outras entidades
da região.
Planos para o futuro
Para o futuro imediato, o ODES propõe-se identificar
“os empregos do futuro, as necessidades de formação
e dos ramos de actividade em emergência e decadência
na região”, anuncia o responsável
pelo Observatório, admitindo que ainda fica “em
falta” a realização de estudos de
transferência de tecnologia entre regiões
do País, vindas do estrangeiro e de outros “temas
muito actuais”, como a economia da cultura ou da
estratégia.
Novos resultados de estudos feitos pelo ODES podem ser
conhecidos publicamente “a qualquer momento”,
garante Pires Manso.
José Soares, director do Centro de Emprego da Covilhã,
falou sobre casos de empresas de inserção
na Beira Interior, que oferecem “vários tipos
de trabalho”. A jardinagem ou a construção
civil são dois exemplos.
À falta de formação adequada e à
propensão de certos estratos da população
para o desemprego de longa duração estas
“empresas de inserção ajudam a quebrar
estas tendências”, afirma. Vai ser criada,
no futuro próximo, mais uma empresa de inserção
na região. “Deverá ser inaugurada
por volta de dia 15 de Fevereiro, em Belmonte”,
tornando-se a oitava empresa do género na região,
mas o director do Centro de Emprego da Covilhã
está convicto que, até ao final do ano,
“o número ascenda a 12”.
A jornada de trabalho encerrou com a assinatura de um
protocolo de colaboração entre a Câmara
Municipal da Amadora e o projecto ReAdapt, representado
por José Robalo, presidente da ANIL. O protocolo
assinado tem como objectivo permitir a implementação
na Covilhã, a partir de Fevereiro, do Portal de
Oferta de Emprego e Formação Profissional,
acessível no site www.covilhaonline.org.
O próximo seminário internacional decorre
em Abril na Finlândia, e volta a acontecer na Covilhã
“em Junho ou Julho” deste ano.
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