Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi


O Covilhã raramente conseguiu chegar com perigo junto da baliza felgueirense

O Sporting da Covilhã volta a dar novo passo atrás na luta pela permanência na Liga de Honra. O conjunto serrano foi a Felgueiras, onde na época anterior havia empatado, e regressou com nova derrota na bagagem: a 14ª da temporada. Com uma exibição alguns furos abaixo do que vinha fazendo nos últimos encontros, os leões não encontraram argumentos para ultrapassar o conjunto duriense e ficaram numa situação ainda mais complicada. O Marco perdeu, é certo, mas tanto o União como a Ovarense, adversários directos na “guerra” da manutenção, conquistaram pontos frente ao Leixões e Desportivo de Chaves.
O começo dos pupilos de João Cavaleiro até preconizava a possibilidade de trazer os três pontos de Felgueiras. Mas o golo madrugador de Rui Andrade, aos 4 minutos, não passou de um caso isolado durante a partida. Depois de ter sofrido o tento inaugural, o Felgueiras foi sempre uma equipa dominadora que soube explorar as fragilidades do onze forasteiro e chegar a uma vitória justa.
Com um plantel curto de origem e ainda “amputado” por lesões, Cavaleiro só tinha 15 jogadores para convocar para o jogo. Já em cima da partida o técnico fica ainda privado de poder utilizar Oseias, que apresentou sintomas de gripe. Para alternativa aos 11 em campo, o técnico serrano apenas tinha três opções, uma delas o terceiro guarda-redes, Marco. Ainda assim, Cavaleiro não abdicou do seu esquema tradicional, com três homens na frente com os olhos postos na baliza adversária e três médios de características mais defensivas. Quando Rui Andrade abriu o activo, parecia que o Covilhã poderia ter uma noite tranquila (o jogo disputou-se às 20 horas e 30) mas depois tudo se alterou.
O conjunto não acusou a desvantagem e depois de ameaçar a baliza de Celso durante largos minutos chegou ao empate com um golo de Carlos Andrade. Com a igualdade no marcador a turma orientada por Diamantino Miranda continua a mandar no jogo, mas o sector defensivo serrano mostra-se impenetrável.

Toy derruba defesa serrana

Na segunda metade, e sem argumentos no banco para contrariar o maior poderio ofensivo da casa, o Covilhã tenta a todo o custo manter o ponto conquistado. Mas a resistência leonina dura apenas até aos últimos vinte minutos da partida. Toy, um dos mais influentes jogadores do Felgueiras coloca a equipa da casa em vantagem na sequência de um pontapé de canto aos 71 minutos. E, já em período de descontos, aumenta a vantagem dos durienses para 3-1.
Antes, porém, já Cavaleiro tinha jogado a única carta que tinha ao colocar o avançado Ricardo Viola, aos 74 minutos, no lugar do central Real. De pouco adiantou. O Covilhã era já uma equipa partida, em que o meio-campo não chegava para as encomendas, apesar dos constantes recuos de Tarantini e Hermes no sentido de levar a bola para o ataque.
Com este resultado o “leão da Serra” vê ficar ainda mais longe a zona de manutenção, antes de outro jogo difícil, frente ao Salgueiros, no próximo domingo. No entanto, tendo em conta as recentes exibições dos verde-e-brancos no Santos Pinto… ainda há esperança.