O Sporting da Covilhã
volta a dar novo passo atrás na luta pela permanência
na Liga de Honra. O conjunto serrano foi a Felgueiras,
onde na época anterior havia empatado, e regressou
com nova derrota na bagagem: a 14ª da temporada.
Com uma exibição alguns furos abaixo do
que vinha fazendo nos últimos encontros, os leões
não encontraram argumentos para ultrapassar o conjunto
duriense e ficaram numa situação ainda mais
complicada. O Marco perdeu, é certo, mas tanto
o União como a Ovarense, adversários directos
na “guerra” da manutenção, conquistaram
pontos frente ao Leixões e Desportivo de Chaves.
O começo dos pupilos de João Cavaleiro até
preconizava a possibilidade de trazer os três pontos
de Felgueiras. Mas o golo madrugador de Rui Andrade, aos
4 minutos, não passou de um caso isolado durante
a partida. Depois de ter sofrido o tento inaugural, o
Felgueiras foi sempre uma equipa dominadora que soube
explorar as fragilidades do onze forasteiro e chegar a
uma vitória justa.
Com um plantel curto de origem e ainda “amputado”
por lesões, Cavaleiro só tinha 15 jogadores
para convocar para o jogo. Já em cima da partida
o técnico fica ainda privado de poder utilizar
Oseias, que apresentou sintomas de gripe. Para alternativa
aos 11 em campo, o técnico serrano apenas tinha
três opções, uma delas o terceiro
guarda-redes, Marco. Ainda assim, Cavaleiro não
abdicou do seu esquema tradicional, com três homens
na frente com os olhos postos na baliza adversária
e três médios de características mais
defensivas. Quando Rui Andrade abriu o activo, parecia
que o Covilhã poderia ter uma noite tranquila (o
jogo disputou-se às 20 horas e 30) mas depois tudo
se alterou.
O conjunto não acusou a desvantagem e depois de
ameaçar a baliza de Celso durante largos minutos
chegou ao empate com um golo de Carlos Andrade. Com a
igualdade no marcador a turma orientada por Diamantino
Miranda continua a mandar no jogo, mas o sector defensivo
serrano mostra-se impenetrável.
Toy derruba defesa serrana
Na segunda metade, e sem argumentos no banco para contrariar
o maior poderio ofensivo da casa, o Covilhã tenta
a todo o custo manter o ponto conquistado. Mas a resistência
leonina dura apenas até aos últimos vinte
minutos da partida. Toy, um dos mais influentes jogadores
do Felgueiras coloca a equipa da casa em vantagem na sequência
de um pontapé de canto aos 71 minutos. E, já
em período de descontos, aumenta a vantagem dos
durienses para 3-1.
Antes, porém, já Cavaleiro tinha jogado
a única carta que tinha ao colocar o avançado
Ricardo Viola, aos 74 minutos, no lugar do central Real.
De pouco adiantou. O Covilhã era já uma
equipa partida, em que o meio-campo não chegava
para as encomendas, apesar dos constantes recuos de Tarantini
e Hermes no sentido de levar a bola para o ataque.
Com este resultado o “leão da Serra”
vê ficar ainda mais longe a zona de manutenção,
antes de outro jogo difícil, frente ao Salgueiros,
no próximo domingo. No entanto, tendo em conta
as recentes exibições dos verde-e-brancos
no Santos Pinto… ainda há esperança.
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