A partir de Março,
os estudantes da UBI que necessitem de falar sobre os seus
problemas vão ter um espaço onde serão
ouvidos. Os Grupos de Apoio do Gabinete de Intervenção
Comunitária (GIC) vão estar divididos em três
áreas: estudantes africanos deslocados, estudantes
com dificuldades ao nível da segurança e auto-estima,
e estudantes com problemáticas relacionadas com a
sexualidade.
Henrique Pereira, coordenador do Centro de Promoção
e Educação para a Saúde (CPES) onde
se inserem os Grupos de Apoio do Gabinete de Intervenção
Comunitária, garante o anonimato e a confidencialidade
para todos os que desejem participar nos Grupos de Apoio.
“Vai ser um espaço seguro, onde todos podem
comunicar e partilhar as suas dificuldades”, afiança
o coordenador.
No entanto, Henrique Pereira clarifica que “não
se trata de um espaço terapêutico, mas de troca
de ideias e experiências, onde os estudantes vão
poder aprender a valorizarem-se mutuamente”.
As reuniões que decorrerão uma vez por semana
na Biblioteca Central, “em horário pós-aulas”,
vão ser moderadas por alunos da licenciatura em Psicologia.
Todos moderadores foram sujeitos a “formação
intensiva, segundo o modelo humanístico”, esclarece
o coordenador do CPES.
Os interessados devem marcar
uma entrevista confidencial, de forma a que seja possível
o “delinear de um perfil psicológico”,
já que “este método não é
adequado para toda a gente”.
“Uma forma de abertura para a comunidade”
A ideia para a criação do Gabinete de Intervenção
Comunitária, que Henrique Pereira classifica de
“equipa de auto-ajuda”, surge, em 2001, “durante
uma conversa numa aula com os então alunos do primeiro
ano da licenciatura em Psicologia”. O docente é
defensor da concepção de que “a investigação
não é só recolher dados e analisá-los,
mas também colocar em prática o que se estuda”.
Tudo começa com o Gabinete de Apoio ao VIH, com
a deslocação a escolas de ensino básico
e secundário da região, onde se procedem
a sessões de esclarecimento dirigidas a alunos
e professores. Passado algum tempo, “sentimos a
necessidade de expandir a outras áreas”,
revela o coordenador do CFES.
O projecto para constituição de grupos de
apoio surgiu após um estudo de levantamento de
problemas de estudantes universitários levado a
cabo por Henrique Pereira. O estudo foi feito a partir
de inquéritos realizados a 304 estudantes.
O grande objectivo do CPES é, nas palavras de Henrique
Pereira, “cumprir trabalho no sentido da educação
e promoção da saúde”.
Uma das novidades do CPES, anuncia Henrique Pereira, é
a colocação de expositores no Pólo
I, IV e Biblioteca Central da UBI, onde é possível
“encontrar panfletos sobre determinados assuntos
de cariz social, com informações úteis”
para os alunos.
Para saber mais informações sobre o Centro
de Promoção e Educação para
a Saúde visite a página http://ubista.ubi.pt/~cpes
|