O Departamento de Engenharia
Civil e Arquitectura (DECA) da UBI, em colaboração
com a Delegação Distrital da Ordem dos Engenheiros,
está a ministrar um curso de “Acústica
de Edifícios” dirigido a licenciados em Engenharia
Civil. As duas primeiras aulas aconteceram nos passados
dias 23 e 24 deste mês, faltando duas lições
– a 30 e 31 - para a conclusão desta acção
de formação.
O curso conta com a participação de 15 engenheiros
civis, “todos no activo”, explica João
Lanzinha, sub-coordenador do curso e docente da UBI., lembrando
que “as inscrições foram limitadas”.
O projecto integra-se na formação contínua
organizada pela Ordem dos Engenheiros. A diferença,
ressalva João Lanzinha, é “o carácter
descentralizador da acção”, uma vez
que “habitualmente, este tipo de iniciativas só
ocorre em Lisboa, Porto e Coimbra”.
O sub-coordenador explica que “uma acção
com o objectivo de ser local, acaba por não o ser,
porque cativou pessoas de fora da região”.
Figueira da Foz e Viseu são exemplos da origem de
“grande parte” dos formandos.
As aulas são ministradas por formadores indicados
pela Ordem dos Engenheiros. Uma das pessoas que já
leccionou no curso de “Acústica de Edifícios”
foi António Tadeu, especialista nacional em acústica.
Desde há dois anos que existe legislação
europeia que regula a existência de critérios
de acústica nos edifícios. “Qualquer
engenheiro civil pode assinar o projecto de acústica,
mas se tiver um maior conhecimento da legislação
e das regras é obviamente melhor”, considera
João Lanzinha, justificando deste modo a pertinência
do actual curso.
Aliar universidade e mercado de trabalho
Victor Cavaleiro, presidente do DECA, defende que o curso
é mais uma das acções que o seu departamento
tem promovido no sentido de “criar ligações
da universidade ao mercado de trabalho”. “Colmatar
lacunas curriculares do que é leccionado na licenciatura
em Engenharia Civil, e a constante actualização
de formação sempre foram objectivos do DECA”,
destaca Cavaleiro.
Já no último trimestre de 2003, o DECA,
em conjunto com o Instituto Tecnológico do Gás,
organizou um curso de redes de gás destinado à
qualificação de técnicos “numa
área em desenvolvimento no País”.
Victor Cavaleiro garante que, no futuro, “quando
estiverem reunidas as condições” haverá
uma repetição do curso de redes de gás
e um outro relacionado com redes prediais de abastecimento
de águas e drenagem de esgotos. “Ainda não
há uma data prevista para a sua realização,
porque só pode acontecer se houver um número
mínimo de alunos”, conclui.
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