Desde que passou a hospital-empresa,
o Centro Hospitalar da Cova da Beira melhorou a produção
|
Modelo empresarial
com sucesso
Centro Hospitalar mais
produtivo em 2003
Na condição
de hospital-empresa, o Centro Hospitalar da Cova da Beira
é mais produtivo. É essa a conclusão
do Ministério da Saúde ao comparar os dados
de 2003 em relação ao ano anterior. Para
Miguel Castelo Branco, o balanço é positivo.
|
Ana Ribeiro
Rodrigues
NC / Urbi et Orbi
|
|
|
O serviço no Centro
Hospitalar Cova da Beira (CHCB) tornou-se mais eficiente
no último ano, quando comparado com o ano anterior,
desde que é gerido como uma unidade empresarial.
É esta a conclusão a que se chega ao analisar
os dados divulgados pelo Ministério da Saúde
relativos ao primeiro ano de funcionamento dos hospitais-empresa.
À semelhança de quase todas as unidades hospitalares
que adoptaram o mesmo modelo de gestão, e tal como
se verifica no panorama geral, o CHCB aumentou a produção
em todas as áreas que constam no relatório.
As intervenções cirúrgicas são
o sector onde esse aumento foi mais significativo. No periodo
em análise, de Janeiro a Outubro de 2003, comparando
com o período homólogo de 2002, a realização
de cirurgias aumentou 30 por cento. Passou-se das 2165 para
as 2820. Isto em cirurgias programadas, urgentes e ambulatórias,
já que as que integram as listas de espera são
à parte.
O número de consultas, de acordo com os mesmos dados,
também teve um acréscimo de 18 por cento.
Passou de 58 mil 337 para 69 mil e 94. Se atendermos aos
resultados do hospital de dia a diferença é
de 14,7 por cento. Em vez dos 4 mil 719 casos passou-se
a dar resposta a 5 mil 411.
Os atendimentos no serviço de urgência registaram
igualmente uma subida, de 3 por cento. Até Outubro
de 2002 foram atendidos 111 mil 902 utentes e no ano passado
115 mil 196. Nos internamentos deu-se também resposta
a mais alguns casos. De 10 mil 986 doentes passou-se para
11mil e 92.
Segundo Miguel Castelo Branco estes resultados reflectem
a "consciencialização interiorizada pelos
funcionários da necessidade que o hospital tem em
responder às necessidades de forma adequada".
"Há um envolvimento a todos os níveis
de todos os profissionais da casa para que possamos cumprir
os nossos objectivos", sublinha o presidente do Conselho
de Administração do CHCB.
Miguel Castelo Branco faz um balanço "francamento
positivo" do último ano e frisa que o novo modelo
trouxe uma "autonomia bastante maior do ponto de vista
da gestão" e "responsabilização".
Para o administrador, actualmente, "é mais fácil
afinar os números que é preciso ter com celeridade
para ajudar na gestão".
Na opinião do Ministério da Saúde o
novo sistema de gestão visa melhorar a qualidade
do serviço prestado aos utentes e também o
aumento de eficiência na gestão. Para além
disso o Governo salienta ainda a maior transparência
dos hospitais-empresa. No relatório onde faz a divulgação
dos resultados esta entidade destaca que, se considerarmos
a totalidade das unidades de saúde do País
nestas condições, os custos estão 5,9
por cento abaixo do orçamento.
|
|
|