Suspeitos aguardam
julgamento
PSP detém suspeitos de assalto a restaurante
Na madrugada do sábado,
17, dois indivíduos furtaram 15 mil euros do cofre
e caixas registadoras do restaurante Montiel . Segundo
a PSP covilhanense, um dos suspeitos seria trabalhador
no estabelecimento, tendo facilitado a entrada ao segundo
elemento.
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Andreia Reis
NC / Urbi et Orbi
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A Polícia de Segurança Pública (PSP)
da Covilhã deteve, na segunda-feira, 19, dois alegados
suspeitos de um assalto ao Restaurante Montiel. O assalto
terá ocorrido na madrugada de sábado, 17,
entre a meia-noite e as 3 horas da manhã. O valor
do furto ultrapassa os cerca de 15 mil euros, dinheiro
que se encontrava num cofre, sendo uma parte das caixas
registadoras.
De acordo com João Amaral, comandante da PSP covilhanense,
este foi um assalto que "teve uns contornos muito
estranhos". Isto porque, como revela, "as portas
de acesso para a rua não foram violadas, o que
nos levou a crer, de imediato, que deveria haver alguém
que trabalhava ou que já teria trabalhado naquele
estabelecimento", sublinha. Desta forma, os indícios
apontam que, um dos envolvidos no assalto, é "um
trabalhador na efectividade de funções do
restaurante, que facilitou a entrada a um segundo elemento
e lhe forneceu todos os dados necessários e adequados
para que o mesmo fosse aos locais certos", explica.
Assim, a entrada "discreta" e "facilitada"
no estabelecimento levou ao local exacto onde se encontravam
as chaves do cofre "existente no escritório
do proprietário do estabelecimento onde estava
a maior quantia de dinheiro e também às
caixas registadoras", como salienta o comandante.
Segundo o responsável da PSP, "o único
obstáculo com que se deparou esse indivíduo
foi a porta que dá acesso ao escritório,
que foi violada". O facto de ter havido apenas uma
porta arrombada, neste caso uma "porta interna",
foi, de acordo com Amaral, outro indício que levaria
a crer que só um indivíduo que conhecesse
a "casa", poderia ir "aos locais certos".
Deste modo, e "tendo em conta aos dados que foram
fornecidos ao indivíduo, foi só procurar
no interior, a chave do cofre no sítio certo, abrir
o cofre e retirar o dinheiro". Como tal aconteceu
com as caixas registadoras, frisa, "o indivíduo
também tinha as informações de onde
se encontravam as chaves" das mesmas.
Suspeitos
aguardam julgamento
Com todos estes indícios e com a recolha de vários
vestígios no local durante as investigações,
Amaral, adianta que "depressa se chegou à
verdade". "Um dos suspeitos acabou por se contradizer
e por depois admitir e denunciar o segundo elemento que
foi detido junto da sua residência", refere.
De acordo com o responsável do comando covilhanense,
este segundo elemento foi aquele que "ficou com a
maior parte do dinheiro", tendo sido ele também
que "gastou uma grande quantia de dinheiro na aquisição
de artigos nos hipermercados da cidade". Para além
disto, continua, comprou ainda, com aquele dinheiro, "mobiliário
para a sua casa nos estabelecimentos de mobília
das redondezas e também da zona de Lisboa, onde
passou o fim de semana", realça. Na verdade,
dos 15 mil euros furtados, apenas cinco mil e 500 se encontra
em dinheiro. O restante valor, o suspeito terá
gasto em géneros. Para além das mobílias,
máquina de lavar roupa, sofás, armários
para casa-de-banho, o dinheiro teve ainda outros destinos.
Molas, lenços de papel, saleiro, açucareiro,
tapetes, berbequim, suporte para CD´s, coador, foram,
entre mais despesas avulso, outras coisas a serem compradas.
Ainda segundo declarações do comandante,
um destes suspeitos "teve envolvido em ofensas corporais
simples a um senhor de idade". E sem especificar,
acrescenta: "Um deles provavelmente estará
ligado à toxicodependência.
Os dois detidos foram ouvidos no Tribunal da Covilhã
na passada terça-feira, 20. Neste momento aguardam
julgamento em liberdade, ficando obrigados a apresentações
periódicas na PSP da Covilhã. Os dois assaltantes
ficam também proibidos de frequentar estabelecimentos
de diversão a partir da meia-noite.
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