O
sorriso de Mona Lisa
de Mike Newell
Por Ana Maria Fonseca
No que parece uma ligeira versão de “O Clube
dos Poetas Mortos” (este com bastante mais carisma,
diga-se) o retrato do universo feminino dos anos 50 na
América e no seio de um colégio elitista
acontece na medida de uma professora que vai tentar mudar
algo nesse mundo estratificado e cheio de regras. Liberal,
para a altura, Katherine Watson (Julia Roberts), professora
de História da Arte tenta mostrar às suas
alunas uma prisma diferente do mundo, partindo da própria
arte.
Mas os hábitos e as mentalidades não se
alteram de um dia para o outro e o tradicional oferece
sempre resistência.
Um filme que poderia aprofundar mais certas temáticas,
e difícil de descolar da comparação
com o clássico “Death poets society”,
mas que não é desaconselhado.
Partindo da abordagem que faz do mundo feminino já
a meio do século passado, é bom pensar na
transformação que o papel da mulher teve
em poucos anos. Não deixamos, no entanto, de imaginar,
o desperdício de inteligência e sensibilidade
que foi, durante séculos, o domínio exclusivo
do homem comandando o mundo.
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